O juiz Paulo
Eduardo de Almeida Sorci, da Justiça estadual de São Paulo, determinou que o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cumpra pena no presídio de
Tremembé, no interior paulista. A data para a transferência não foi
determinada.
A decisão do
magistrado, que é coordenador e corregedor do Departamento Estadual de
Execuções Criminais de São Paulo, foi tomada horas depois de a juíza federal do
Paraná Carolina Lebbos determinar a transferência de Lula da carceragem da
Polícia Federal (PF) em Curitiba para um estabelecimento prisional de São
Paulo.
Apesar de a
condenação e a transferência do ex-presidente terem sido determinadas pela
Justiça Federal no Paraná, a assessoria de imprensa do órgão em São Paulo
informou que a Justiça estadual tem competência para decidir o local onde Lula
cumprirá a pena.
A reportagem
procurou a defesa do ex-presidente para comentar a transferência para Tremembé
e aguarda retorno. Mais cedo, antes de se saber para onde Lula seria levado, o
advogado do petista disse que discorda do pedido de transferência nos moldes da
solicitada pela PF do Paraná. Em nota, a defesa do ex-presidente afirmou que
“Lula é vítima de intenso constrangimento ilegal imposto por parte do Sistema
de Justiça”.
Presídio com
detentos famosos
Lula cumprirá
na Penitenciária 2 (P2) de Tremembé o restante da pena de 8 anos e 10 meses por
condenação na Lava Jato, no caso do triplex em Guarujá, no litoral de São
Paulo. A data da transferência não foi definida. A P2 é conhecida por abrigar
presos que cometeram crimes de repercussão para a preservação dos condenados.
Lá está Cristian Cravinhos, Mizael Bispo, condenado por matar Mércia Nakashima,
Roger Abdelmassih, Gil Rugai, Lindenberg Alves, Guilherme Longo, padrasto
acusado de matar menino Joaquim, e Alexandre Nardoni também são detentos da P2.
Transferência
Quem pediu a
remoção foi a Superintendência Regional da Polícia Federal no Paraná, onde Lula
está detido desde abril de 2018. A PF alegou que, por causa da prisão, os
órgãos de segurança têm de atuar de forma permanente para evitar confrontos
entre “grupos antagônicos” e que toda a região teve a rotina alterada. A
corporação disse que ainda que as instalações são limitadas para presos de
longa permanência.
Com
informações do G1