Joaquim Levy
aceitou convite para presidir o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES) no futuro governo de Jair Bolsonaro. A informação foi divulgada
nesta tarde de segunda-feira pela assessoria de imprensa do futuro ministro da
Economia, Paulo Guedes.
Atualmente,
Levy ocupa o cargo de diretor do Banco Mundial, em Washington (Estados Unidos).
Antes, foi ministro da Fazenda no governo da presidente Dilma Rousseff e
diretor da administradora de Investimentos Bradesco Asset Mamagement.
Quando chefiou
o Ministério da Fazenda, Levy atuou fortemente para tentar diminuir o rombo das
contas públicas, que nos últimos três anos ultrapassaram a marca dos R$ 100
bilhões.
Em 2015, na
gestão dele como ministro, uma medida provisória do governo, depois aprovada
pelo Congresso Nacional, tornou mais rigorosas as regras de acesso ao
seguro-desemprego. Com a mudança, o trabalhador passou a ter direito ao
seguro-desemprego se tiver trabalhado por pelo menos 12 meses nos últimos 18
meses. Antes, bastava ter trabalhado seis meses para conseguir o benefício.
Ortodoxo
Considerado
ortodoxo, Levy também já chefiou a Secretaria do Tesouro Nacional em 2003, no
início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, período em que houve
aumento do chamado superávit primário – a economia para pagar juros da dívida
pública. Naquela época, ganhou o apelido de “mãos de tesoura” por conter os
gastos públicos.
Economista bem
avaliado pelo mercado financeiro e dentro do governo, costumava conduzir longas
jornadas de trabalho no comando do Tesouro Nacional e também na gestão do
Ministério da Fazenda, no governo Dilma. Casado com uma advogada, é pai de duas
filhas.
Levy deixou o
Ministério da Fazenda em meio a desentendimentos com o então ministro do
Planejamento, Nelson Barbosa, que depois o sucedeu no comando da economia. Ele
decidiu sair quando o governo Dilma concordou em reduzir a meta de superávit
para 2016. Na ocasião, a economia que o governo se propõe a fazer todos os anos
para pagar juros da dívida pública diminuiu de 0,7% do PIB, como defendia Levy,
para 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB).
Eliomar de Lima
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