Se não serviu
para reeleger Eunício Oliveira (MDB), blocão formado entre a base de Camilo
Santana (PT) e antigas siglas da oposição ao menos ajudou a “frear” renovação
da Assembleia e facilitar a reeleição de deputados estaduais cearenses.
Ao todo, 29
parlamentares tiveram mandatos renovados – quase duas a cada três vagas -, com
eleição de apenas 17 deputados “novos”. Fechada em apenas 37%, a taxa de
renovação foi a mais baixa das últimas décadas no Estado. Em 2014, por exemplo,
o índice de novos deputados ficou em mais de 50%.
A baixa
renovação salta ainda mais aos olhos quando destacado que seis deputados
estaduais não disputaram reeleição, com outros quatro tentando vaga de Câmara
Federal – o que já significava uma renovação mínima de 21,7%.
Além disso,
diversos dos “novatos” são antigos conhecidos do eleitorado cearense. Entre eles,
por exemplo, estão os vereadores de Fortaleza Salmito Filho (PDT) e Soldado
Noélio (Pros), o deputado federal Vitor Valim (MDB) e os ex-deputados Delegado
Cavalcante (PSL) e Nizo Costa (Patriota).
Completam o
time ainda quatro parentes de deputados eleitos na última eleição, que
“carregam o bastão” dos parentes: Érika Amorim (PSD, esposa de Naumi Amorim),
Guilherme Landim (PDT, filho do falecido Wellington Landim), Marcos Sobreira
(PDT, filho de Miriam Sobreira) e Patrícia Aguiar (PSD, mãe de Domingos Neto e
cunhada de Odilon Aguiar).
Ao todo,
disputaram e perderam reeleição apenas os deputados Bethrose (PP), Dedé
Teixeira (PT), Ely Aguiar (DC), Ferreira Aragão (PDT), Lucílvio Girão (PP),
Duquinha (PDT) e Mário Hélio (Patriota).
A “facilidade”
da reeleição governista também tem reflexos no tamanho da oposição. Ao todo,
apenas oito dos 46 deputados eleitos ontem têm se identificado como opositores
a Camilo Santana (PT). Em 2014, a gestão saiu das urnas com quase quinze nomes
de oposição.
Entre a configuração
das bancadas, se destacaram novamente os aliados PDT, que elegeu 14 deputados –
30% de todas as vagas -, o PT e o MDB, cada uma com quatro nomes. Entre
opositores, maiores bancadas são as do Pros, PSL e PSDB, as três cada uma com
dois parlamentares eleitos.
A disputa
também já antecipa sucessão de Roberto Cláudio (PDT) em Fortaleza. Três dos
deputados mais votados, Queiroz Filho (PDT), Salmito (PDT) e Renato Roseno
(Psol) são cotados para disputar o pleito. Entre deputados “em ascensão”, se
destacou Sérgio Aguiar (PDT), 3º mais votado.
O Povo Online
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