Confrontado
com as acusações contra Carlos Lupi, presidente do seu partido, o PDT, o
candidato Ciro Gomes disse na segunda (27), em entrevista ao Jornal Nacional,
ter total confiança de que o aliado “é um homem de bem”.
“Lupi tem a
minha confiança cega, absolutamente cega”, disse Ciro, após divergir do âncora
e editor do Jornal Nacional, William Bonner, insistindo que o presidente do PDT
não é réu. “Réu com certeza ele não é (…) e eu me comprometo a adicionar
qualquer esclarecimento [sobre isso] no meu site.”
Lupi, contudo,
é réu numa ação sobre improbidade administrativa no Tribunal Regional Federal
da Primeira Região, no Distrito Federal. Ciro reafirmou ainda que, se for
eleito, Lupi terá em seu governo “a posição que quiser”. “Eu tenho convicção de
que ele é um homem de bem”, afirmou.
Lava Jato
O candidato do
PDT também foi confrontado com declarações que deu anteriormente sobre a
Operação Lava Jato. Em uma delas, ele havia dito que, se eleito, “colocará o
Ministério Público e a justiça de volta na caixinha”. “Na medida em que o
Ministério Público extrapola as suas atribuições, ele perde a grande nobreza da
sua tarefa que é vigiar o interesse público”, disse, afirmando que “neste
momento há muitos abusos” e que juízes e membros do Ministério Público “estão
exercendo a política” na medida em que os dois poderes políticos estão
desmoralizados. “Você não tem ideia do que têm sofrido os prefeitos municipais,
não tem ideia da destruição de reputações que se faz”, declarou.
Apoio
Ciro disse
apoiar a Lava Jato porque ela “é uma virada de página na crônica de impunidade
que sempre foi um prêmio para a corrupção dos grandões no Brasil”. No entanto,
ele fez ressalvas à operação: “A Lava Jato só prestará bom serviço ao Brasil se
ela for vista pela maioria ou pelo conjunto da sociedade como uma coisa
equilibrada. E o lado do PSDB não tem nenhuma cadeia.”
Com
informações da Folha
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