Depois de
muita especulação, finalmente, as articulações em torno da chapa majoritária
que tem Camilo Santana como candidato à reeleição estão fechadas. A aliança
“formal” será mesmo entre PT e PDT, deixando espaço para o avanço do MDB na
disputa ao Senado Federal.
Camilo Santana
manterá como vice, Izolda Cela (PDT) e lançará, em coligação com o PDT, o nome
do ex-governador Cid Gomes. O material de campanha, inclusive, já está no forno
e mostra os três nomes na disputa.
A coligação
“Com a Força do Povo” será homologada em convenção o dia 5 de agosto. As demais
legendas que apoiam a reeleição de Camilo devem se dividir em blocos para a
disputa proporcional (de deputados estaduais e federal).
Eunício
A estratégia
abre espaço para a reeleição de Eunício Oliveira (MDB) ao Senado. Apontado pelo
petista como “grande aliado” nas questões administrativas envolvendo a
liberação de verbas para obras do Ceará, o senador trabalha para garantir o
apoio de Camilo na composição da chapa majoritária, o que, em tese, abriria
caminho para a reeleição.
Eunício, no
entanto, enfrenta a rejeição declarada de Ciro e Cid Gomes e, mais
recentemente, de setores do PT que reivindicavam espaço para a vaga hoje
ocupada pelo senador José Pimentel (PT). O recuou do PT, que no último sábado
(27) abriu mão da vaga ao Senado, no entanto, abriu caminho para o emedebista.
Chapa dos
sonhos
Em entrevista
ao blog Política com K, Camilo já havia revelado que defendia a composição da
chapa majoritária, incluindo o ex-governador Cid Gomes (PDT) e o senador
Eunício Oliveira para as duas vagas ao Senado Federal. “É natural essa aliança
até porque foi um processo que foi construindo uma parceria administrativa, os
resultados. Então, é natural que os pré-candidatos e, posteriormente os
candidatos, após a homologação, sejam esses dois senadores: Cid e Eunício”,
revelou no último dia 20 de julho.
Na ocasião,
Camilo ainda afastou a possibilidade de rejeição do nome do senador Eunício
durante votação dos nomes em convenção.
“Nós vamos tentar construir a pactuação antes da convenção no dia 5 de
agosto. Com muito diálogo, de forma democrática, ponderando, ouvindo as
divergências, nos vamos tentar construir, da melhor forma que for possível, os
caminhos para essas eleições de 2018”, enfatizou o governador.
Informal
A aliança, no
entanto, será informal e o MDB deve lançar chapa majoritária apenas com Eunício
para o Senado, além dos dois suplentes para a caga.
Gratidão
Ainda durante
entrevista, Camilo destacou o sentimento de gratidão por Eunício e disse que
vai manter sua “coerência” ao defender a parceria com Eunício. “Mas uma coisa
que é importante, e eu quero dizer ao povo cearense, é que eu sempre mantive a
linha, a minha coerência e não vou desvirtuar nenhum milímetro daquilo que eu
acredito. E, na política, precisa ter uma coisa chamada gratidão. Eu sou grato
ao senador Eunício pelo apoio e pelo trabalho que ele tem feito em benefício do
povo cearense. É minha responsabilidade, enquanto governador, independente de
quem seja e quiser ajudar o meu estado, seja ele de partido A, B ou C, que
queira ajudar o povo cearense a trazer recursos, benefícios para o Estado do
Ceará, que ainda precisa de muita coisa, eu estarei sempre aberto a dialogar, a
construir as parcerias em benefício do povo cearense”.
Política com K
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