O presidente
Michel Temer (MDB) cancelou as viagens oficiais que faria para a Colômbia e
para o Paraguai em agosto.
A decisão se
deu após conversas com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do
Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), para evitar que eles sejam obrigados a
deixar o país novamente.
Sempre que
Temer viaja, Maia e Eunício são sucessores na linha presidencial já que o país
não tem atualmente um vice-presidente.
Contudo, pelo
calendário eleitoral, desde abril eles estão impedidos de ocupar interinamente
o Palácio do Planalto para não se tornarem inelegíveis para novos mandatos como
deputado e senador.
Nesses casos,
quem tem assumido o cargo é a presidente do STF (Supremo Tribunal Federal),
Cármen Lúcia. Os dirigentes das casas legislativas já foram forçados a fazer
quatro viagens para o exterior desde abril deste ano, mesmo número de vezes que
Cármen assumiu o Planalto.
Canceladas
Temer havia
programado viajar para a Colômbia em 7 de agosto para participar da posse do
sucessor de Manuel Santos na presidência do país latinoamericano, o uribista
Iván Duque, eleito em abril. Outro cancelamento foi uma visita a Assunção, onde
o presidente acompanharia a posse de Mário Abdo Benítez, que assumirá a
presidência do Paraguai no próximo dia 15.
Esforço
A viagem do
emedebista coincidiria ainda com uma semana em que o Congresso planeja
concentrar esforços para aprovar medidas pendentes da agenda legislativa. É
comum em anos eleitorais que parlamentares interrompam por uma ou duas semanas
as campanhas em seus estados para se dedicarem à aprovação de projetos na
Câmara e no Senado.
Sem polêmicas
Apesar da
presença de Eunício e de Maia, a tendência é que o esforço concentrado não
inclua propostas consideradas polêmicas, como o projeto de lei que viabiliza a
privatização de distribuidoras da Eletrobras, em discussão no Senado.
E ainda
Os presidentes
das duas Casas ainda estudam quais matérias serão colocadas em votação, mas há
receio de falta de quórum. A avaliação dos dirigentes é de que a adesão dos
parlamentares pode ser baixa na semana seguinte às convenções partidárias, com
intensas articulações em torno dos registros de candidaturas e de formação de
chapas eleitorais.
Com
informações da Folha
_________________________________________________________________________________