A deputada
Rachel Marques (PT) lamentou, durante o primeiro expediente da sessão plenária
desta quinta-feira (21/09), a liminar que permite que profissionais da
psicologia ofereçam terapia de reversão sexual. A parlamentar também manifestou
apoio ao Conselho Regional de Psicologia (CRP), que considera a liminar “um
retrocesso sem precedentes”.
Segundo a
parlamentar, o tratamento é proibido pelo Conselho Federal de Psicologia desde
1999, porém, essa decisão atende ao pedido de uma psicóloga que tem processo
aberto contra o Conselho Federal de Psicologia, por ter sido impedida de
oferecer a terapia aos seus pacientes. “Não respeitar a orientação sexual das
pessoas é absurdo. Não existe cura gay”, enfatizou.
Rachel Marques
salientou que, desde 1985, o Conselho Nacional de Psicologia deixou de considerar
a homossexualidade uma patologia. “Não existe nenhuma prova científica sobre a
cura gay. Insistir nesse sentido é regredir e agir com preconceito”, assinalou.
A deputada
repercutiu a nota de posicionamento do Conselho Regional de Psicologia que
afirma que “terapias de reversão sexual não possuem fundamento científico”.
“Segundo o CRP a liminar é absurda e uma violência atentatória contra garantias
fundamentais da diversidade sexual”, destacou.
A deputada
observou que os conselhos de psicologia defendem os direitos humanos. “Eu, como
psicóloga, afirmo que a reversão sexual é um grande retrocesso para a
sociedade, além de ser uma violência e preconceito com a classe LGBT”,
enfatizou.
Em aparte, o
deputado Renato Roseno (Psol) afirmou que a diversidade sexual deve ser
respeitada. “Não podemos permitir que ninguém seja oprimido”, defendeu. A
deputada Augusta Brito (PCdoB)
parabenizou o pronunciamento da parlamentar e também defendeu o direito de
liberdade sexual das pessoas.
Assembleia Legislativa - CE
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