A deputada
Dra. Silvana (PMDB) comentou, no primeiro expediente da sessão plenária da
Assembleia Legislativa desta sexta-feira (22/09), sobre a retomada, na
quinta-feira (21/09), da votação do Supremo Tribunal Federal a respeito do
ensino religioso confessional nas escolas públicas do País.
Movida pela
Procuradoria Geral da República, a ação considera inconstitucional a oferta de
dogmas de apenas uma religião e defende uma abordagem inter-religiosa e plural.
Até o momento, foram dados três votos para que as aulas sejam sobre o papel das
religiões na história e na sociedade, sem a possibilidade de um padre, rabino
ou pastor professarem a fé. Outros dois votos foram pelo ensino com
representantes de uma determinada crença. Faltam ainda seis votos.
Para a
parlamentar, não há problema em as aulas de religião continuarem sendo dadas
por padres, pastores ou rabinos. “Por que a Procuradoria precisou provocar o
Supremo se já existe uma lei sobre a existência dessa disciplina, assegurando o
respeito à cultura e diferentes crenças do Brasil? Eu mesma estudei em colégios
católicos, recebia os ensinamentos e, quando não concordava com algo, ficava
quieta e orando, sem desrespeitar os demais”, relatou.
Dra. Silvana
frisou a importância da disciplina para o fortalecimento do respeito entre as
pessoas e o amor ao próximo. “Meu desejo é que nossos jovens entendam mais
sobre valores morais, éticos, respeito e amor ao próximo. Quem sabe não seja
uma forte arma contra o bullying?”
Em aparte, o
deputado Ely Aguiar (PSDC) lembrou que as escolas não devem ter partido ou
religião, mas não podem tirar o direito de jovens terem suas crenças. “Eu
estudei em um colégio que tanto tinha missas para católicos quanto pregações
para evangélicos, e nelas só se ouvia mensagem de paz e amor. Precisamos
discutir esse assunto, pois os ensinamentos de Jesus podem livrar nossos jovens
de muitas situações indesejadas”, opinou.
AL-CE
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