O presidente
Michel Temer minimizou o relato dele próprio, em entrevista à TV Bandeirantes,
de que Eduardo Cunha determinou a abertura do processo de impeachment de Dilma
Rousseff após não conseguir os votos do PT no processo que seria aberto contra
ele no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Em entrevista ao telejornal
SBT Brasil, na noite de ontem (17), Temer disse acreditar que não há
possibilidade de anulação do impeachment por conta de um “ato de vingança” de
Cunha.
“Pelo
regimento interno da Câmara, se o presidente da Câmara interferir no pedido de
impedimento, há recurso no plenário. Com a margem muito significativa de votos
que teve o impedimento, evidentemente se isso acontecesse, iria para o plenário
e o plenário decretaria o início do impedimento. Estou apenas supondo
hipóteses”, disse o presidente.
Temer disse
que a votação do Congresso foi “uma coisa avassaladora” a favor do impeachment.
“Foi uma coisa avassaladora, em termos de votação. Se havia uma subjetividade
dele [Eduardo Cunha] nessa direção, não foi o que comandou a decisão do
plenário da Câmara e do Senado.”
No último
domingo (16), à TV Bandeirantes, Temer contou que Cunha falou com ele e disse
que arquivaria todos os pedidos de impeachment contra Dilma Rousseff porque
tinham prometido a ele os três votos do PT no Conselho de Ética. No entanto, a
posição dos deputados petistas mudou e, com isso, a decisão de Cunha também.
“Quando foi três horas da tarde, mais ou menos, ele me ligou dizendo: ‘olha,
tudo aquilo que eu disse agora não vale, porque agora vou chamar a imprensa e
vou dar início ao processo de impedimento’”, disse Temer.
Agência Globo
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