O governo
federal anunciou que não vai mais financiar as unidades do Programa Farmácia
Popular, que garante distribuição gratuita ou com até 90% de desconto de 112
medicamentos de uso contínuo para doenças crônicas, como hipertensão, diabetes
e anemia. Alegando economia de R$ 100 milhões por ano, o governo já ameaçava
cortes na assistência farmacêutica. O programa foi lançado ainda em 2004 e
contava com 393 unidades em todo o Brasil.
Por enquanto,
o governo manterá o custo somente da variante “Aqui Tem Farmácia Popular”,
distribuição por meio de farmácias privadas conveniadas, e que restringe a gama
de medicamentos gratuitos a 25 tipos somente. O deputado federal André
Figueiredo criticou o corte e afirmou que essa nova agenda reduz a participação
do sistema público de saúde e privilegia os interesses do setor privado.
“Fechar as farmácias populares é mais um crime contra os mais humildes que
dependem do uso desses medicamentos gratuitos. Esse governo, mais uma vez,
restringe o acesso da população de baixa renda e privilegia os interesses do
setor privado. É sempre a mesma história”, disse.
Roberto Moreira
Diário do Nordeste
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