A cada dia que
passa, a situação hídrica do Ceará piora. De acordo com o boletim da
sexta-feira (25) da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Estado
(Cogerh), a população cearense conta apenas com 1,38 bilhão de m³ de água para
abastecimento humano, de animais e agricultura. Isso representa 7,39% da
capacidade total dos 153 açudes monitorados pela Companhia. E mais, 52,3%
desses reservatórios estão secos ou em
volume morto.
O Castanhão,
por exemplo, o maior açude, está com 5,36% de água, o que representa 359,05m³.
Em janeiro desse ano, seu volume era de 738,30m³ou 6,32% de sua capacidade de
6,700 bilhões de m³. Já o Orós, da Bacia do Alto Jaguaribe, possui atualmente
16,93% de seu total. Desde setembro, suas águas são transferidas para dar
suporte ao Castanhão que, por sua vez, abastece o sistema Pacoti/Riachão/Gavião
de Fortaleza.
Em julho desse
ano, o governador Camilo Santana revelou uma série de ações que já estão em
fase de execução ou que deverão ser implementados de forma emergencial até
março de 2017. Entre as ações, reforço no combate às perdas; perfuração de
poços em prédios públicos e áreas de abastecimento crítico; perfuração de poços
no Pecém;aproveitamento do Sistema Hídrico do Cauípe; aproveitamento do açude
Maranguapinho; sistema de reúso da lavagem dos filtros da ETA Gavião;
implantação dos sistemas de captação pressurizada no Gavião; uma adutora de
água tratada para reforço do abastecimento de Aquiraz; revisão da Tarifa de
Contingênciaque passou para 20%; redução da oferta de água em 20% para as
indústrias da RMF e plano de comunicação, informando e ressaltando a
conscientização.
Diário do Nordeste
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