A decisão do
Supremo Tribunal Federal (STF) pela inconstitucionalidade da lei cearense que
regulamentava a prática da vaquejada voltou a repercutir nesta sexta-feira (14)
na Assembleia Legislativa, quando, em discurso, o deputado estadual Danniel
Oliveira (PMDB) informou que deu entrada em requerimento que propõe a criação,
na Casa, de uma Frente Parlamentar em defesa da vaquejada.
Segundo o
peemedebista, a decisão do STF, que teve de receber o voto da presidente da
Corte, ministra Cármen Lúcia, para desempatar, não passou de um equívoco.
"A nossa vaquejada é secular e hoje está enraizada na figura do nordestino
através de um simples chapéu de couro, que demonstra em qualquer parte do mundo
que aquele que o usa é nordestino", relatou.
Além disso,
Danniel Oliveira apontou que a prática da vaquejada emprega, direta ou
indiretamente, mais de 720 mil nordestinos. "Hoje, no Brasil, são mais de
R$ 600 milhões movimentados na economia a cada ano. Apenas na Adagri (Agência
de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará), são mais de 400 mil cavalos que
circulam anualmente com impostos sendo pagos, e sem falar na coleta de sangue
que é feita para comprovar, assim como as vacinas, que podem circular em todo o
território nacional. A vaquejada é fonte de renda para milhares de brasileiros,
principalmente os nordestinos".
Diário do Nordeste
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