Atualmente, a
reserva do Orós é de 383,53 milhões de metros cúbicos, enquanto que a
capacidade total é de 1,940 bilhão m³, atingido pela última vez em 2004
O Açude Orós,
o segundo maior do Estado, está com o seu de nível mais baixo de armazenamento
de água desde 2004, de acordo com os registros da Companhia de Gestão dos
Recursos Hídricos (Cogerh). O reservatório vem sendo utilizado para suprir
parte da demanda hídrica do Castanhão, a fim de abastecer Fortaleza e a Região
Metropolitana.
Os 153 açudes
monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), cuja
capacidade total são 18,64 bilhões m³, apresentam volume atual de 1,58 bilhão
m³ (8,45%). No ano de 2016 foi registrado um aporte total de 738,13 milhões m³.
Atualmente, a
reserva do Orós é de 383,53 milhões de metros cúbicos, enquanto que a
capacidade total é de 1,940 bilhão m³, atingido pela última vez em 2004. Mesmo
com a queda no volume, começou em setembro a operação de liberação de água com
maior volume do Açude para o Rio Jaguaribe até o Castanhão e daí para a Capital
e os municípios adjacentes da RMF. O reservatório já foi utilizado no passado como
reserva estratégica para o abastecimento
da Capital e RMF. Em 1993, o então governador Ciro Gomes construiu o Canal do
Trabalhador que captou água do Orós no Rio Jaguaribe evitar o colapso de água.
Com o
agravamento da seca, as reservas hídricas chegaram, de um modo geral, a um
estado crítico a ponto do governador Camilo Santana reunir a bancada federal no
Palácio do Abolição, na semana passada, a fim de sensibilizar o poder público
e, especialmente, o presidente Michel Temer, para encontrarem meios para a conclusão das obras de transposição do Rio
São Francisco. No momento, os serviços estão parados, em decorrência do
abandono dos trabalhos pela construtora responsável Mendes Júnior. Com isso, o
cronograma de que as águas chegariam ao Ceará até o fim deste ano ou começo de
2017 já está comprometido.
Para o
secretário de Relações Institucionais, Nelson Martins, além do fato das obras
de Transposição voltarem a ter continuidade, uma vez que está interrompida no
trecho Norte, no território pernambucano, há uma urgente necessidade de também
agilizar e até intensificar as atividades de consecução do Cinturão das Águas.
A principal pendência é para que haja um aumento do aporte de recursos no
orçamento para 2017, que possa garantir cerca de R$ 30 milhões por mês para a
manutenção dos serviços.
A intenção do governo federal é disponibilizar
um montante de R$ 210 milhões para o próximo ano. Já o governo do Estado
pleiteia um acréscimo de R$ 150 milhões, o que garantiria o custeio mensal
necessário. "Estamos vivendo um momento de muita apreensão em que todas as
alternativas de enfrentamento da seca estão sendo avaliadas", disse
martins.
O volume de
água das bacias está distribuído: Litoral (33,12%), Alto Jaguaribe (18,01%),
Coreaú (32,23%), Metropolitanas (13,62%), Serra da Ibiapaba (16,95%), Médio
Jaguaribe (5,58%), Salgado (11,19%), Acaraú (8,20%), Banabuiú (2,16%), Sertões
de Crateús (2,19%), Curu (1,94%) e Baixo Jaguaribe (0,00%).
Monitoramento
do volume d'água do Orós
Ano Hectômetro cúbico (Hm³)
2004 1.940
2006 982,51
2008 965
2009 1.408,52
2010 1.408,52
2012 1.478,49
2014 767,77
2016 383,53
Diário do Nordeste
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