O ministro
Henrique Eduardo Alves (Turismo) pediu, na tarde desta quinta-feira (16),
demissão do cargo. O peemedebista foi citado na delação premiada do
ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado por ter recebido R$ 1,55 milhão em
doações eleitorais oriundos do esquema de propina da Petrobras.
Após nova
citação na Operação Lava Jato, Henrique Alves se tornou um elo frágil no
governo interino de Michel Temer (PMDB) e, antes que a Polícia Federal pudesse
agir novamente contra ele, preferiu entregar o cargo e preservar o Planalto de
demiti-lo em situação mais grave.
Temer
conversou com o peemedebista hoje pela manhã e aceitou a exoneração. Agora,
Henrique Alves volta a perder o direito ao foro privilegiado e deve ir parar
nas mãos do juiz federal Sérgio Moro. Henrique é o terceiro ministro do presidente
interino Michel Temer (PMDB) a cair em pouco mais de um mês de governo.
Lava Jato
Além da
citação, o peemedebista é alvo de dois pedidos de abertura de inquérito do
procurador geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal. Em
um deles, a suspeita é de envolvimento no "quadrilhão", que investiga
a formação de uma organização criminosa que atuava na PEtrobras e em outros
setores ligados ao Ministério de Minas e Energia.
No outro
inquérito, tem por base a troca de mensagens entre Henrique Alves e o
ex-presidente da OAS Léo Pinheiro. As mensagens envolvem a elaboração de
diversos projetos de lei e medidas provisórias na Câmara dos Deputados de
interessa da OAS e do banco BTG, assim como cobranças de apoio financeiro à
campanha de Henrique a governador do Rio Grande do Norte, em 2014. O
peemedebista foi presidente da Casa entre 2013 e 2015.
Maurício
Moreira
Via Ceará News 7
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