As opiniões sobre o Impeachment da presidente Dilma
Roussef (PT) estão divididas entre os pré-candidatos ao
cargo de prefeito de Fortaleza. Enquanto o atual mandatário e candidato à
reeleição, Roberto Cláudio (PDT), ainda
não se pronunciou , seus concorrentes já se posicionaram.
Em entrevista ao programa “Ceará
News” na Rede Plus FM de Rádio, na manhã
desta quarta-feira (23), Heitor Férrer (PSB), Renato Roseno (PSol) e Capitão
Wagner (PR) manifestaram suas opiniões acerca de um eventual afastamento de
Dilma do cargo, em virtude das denúncias na Câmara dos Deputados de ter
cometido crime de responsabilidade ao autorizar as chamadas “pedaladas
fiscais”.
Heitor Férrer é a favor do afastamento da
presidente. Segundo ele, “as instituições precisam e estão cumprindo o seu
papel, a Polícia Federal, o Ministério Público Federal, a Justiça Federal e a
Receita estão de parabéns pelo trabalho feito até aqui”. Ele pede um
aprofundamento das apurações. “Precisamos por a limpo o Brasil e, a partir daí
buscar as grandes soluções para o País”.
Heitor ressalta que tudo o que foi
descoberto até agora em relação ao envolvimento de Dilma no escândalo da
Petrobras partiu de seu ex-líder do governo, se referindo ao senador Delcídio
do Amaral, que decidiu aceitar fazer uma delação premiada na Operação Lava
Jato. “Há elementos que comprovam que ela (Dilma) tinha conhecimento e se
envolveu na fraude na Petrobras”, disparou.
Deputado Capitão Wagner foi mais comedido.
“Nunca disse ser contra o impedimento da presidente, mas aguardei que houvesse
nas investigações o surgimento de indícios das irregularidades. Esses indícios
agora apareceram. O Governo perdeu as estribeiras. Temos uma crise econômica e
política no país. Os indícios apontam as irregularidades no governo e por isso
sou a favor do afastamento”.
Já Renato Roseno se posicionou
contra. “O afastamento é um julgamento
jurídico e também político. Mas até o momento a oposição não apresentou fatos
que denunciem a presidente por atos ilegais no exercício do cargo”. Ele
criticou também a comissão formada na Câmara dos Deputados que vai processar o
pedido do Impeachment. Segundo ele, 60 por cento dos integrantes dela é
envolvida em malversação de verbas públicas. E citou, o ex-governador de São
Paulo, Paulo Maluf.
Por FERNANDO RIBEIRO
Via Ceará News 7
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