O PSDB
protocolou nesta quarta-feira (20) na Procuradoria-Geral Eleitoral uma
representação na qual pede que seja investigada a documentação que teria sido
entregue pelo ex-diretor da área internacional Petrobras Nestor Cerveró à
Procuradoria-Geral da República.
Nela, segundo
reportagem do Jornal Valor Econômico da última segunda-feira (18), antes do
acerto da delação premiada, Cerveró disse que a campanha à reeleição do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de 2006 recebeu R$ 50 milhões em
propina, resultado de uma negociação para a compra de US$ 300 milhões em blocos
de petróleo na África, em 2005.
“Esse é um
crime que não tem sua prescrição prevista em lei. O que está em jogo não é o
ex-presidente Lula, mas sim o recebimento por parte do Partido dos Trabalhadores
de recursos do exterior”, disse líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio.
Ele explica
que “o que a lei veda e a Constituição veda também é que recursos vindos do
exterior abasteçam campanhas eleitorais no Brasil, o que é uma ofensa à
soberania nacional e à independência dos partidos políticos”.
“Qual
consequência disso? É a extinção do partido, porque ele perde o registro,
portanto, independentemente do que vá acontecer com o ex-presidente Lula, a
consequência é direta para o seu partido, o Partido dos Trabalhadores”, disse
Sampaio, acrescentando que a extinção do PT não decorre da vontade do PSDB, mas
sim de uma consequência legal.
Procurada pela
Agência Brasil, a assessoria de imprensa do Instituto Lula disse que não vai
comentar o assunto.
Agência Brasil
Via Ceará News 7
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