Passados
dez anos da tragédia que tirou a vida de uma criança durante um evento
internacional no interior do Ceará, o caso volta a ter seguimento na Justiça.
Deverão ser ouvidas hoje as últimas testemunhas na morte de Enzo Gabriel, na
época com cinco anos, vítima de choque elétrico em uma torre de iluminação do
evento cultural internacional realizado pelo Governo do Estado. A morosidade no
trato judicial com o caso foi denunciado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
"Após
a oitiva de testemunhas esperamos entrar na fase das alegações finais",
afirma o advogado Luciano Daniel, que representa Milena Bandeira, mãe do garoto
morto.
O
caso
Em
agosto de 2005, aconteceu em Limoeiro do Norte o I Encontro dos Mestres do
Mundo, evento internacional realizado pelo Governo do Estado envolvendo líderes
de manifestações folclóricas do Brasil e de países convidados. Como outras
crianças, Enzo Gabriel brincava na plateia no dia 27 daquele mês. Ao encostar
em uma dos equipamentos que faziam a iluminação no meio da praça, sofreu uma
forte descarga elétrica, causando morte imediata. Desde então, a família tenta
que a Justiça identifique e penalize os responsáveis.
São
réus no processo o Governo do Estado do Ceará e a Cariri Produções,
proprietária do equipamento elétrico colocado sem isolamento no meio da praça.
De acordo com a perícia feita na época do fato.
Após
uma década parado, o caso está agora nas mãos da 14ª Vara de Justiça. A juíza
Anna Cleyde deverá ouvir hoje algumas das testemunhas de defesa e de acusação.
"Estamos confiantes de que neste ano, após tanta morosidade, haja decisão
judicial de primeira instância", afirma Luciano Daniel.
Diário do Nordeste
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