O senador
Tasso Jereissati(PSDB) apresentou, nesta tarde, requerimento na Comissão de
Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle solicitando que o
Senado Federal investigue as razões da decisão do Governo Federal, por
intermédio da Petrobras, de cancelar o projeto da Refinaria Premium II, no
Ceará, e buscar responsáveis pelos prejuízos causados aos cearenses.
-É
absolutamente inconcebível que após todos esses anos, depois de tantas
promessas e investimentos, em finanças e em sonhos, a Petrobras lance por terra
um projeto de tal envergadura sem se dignar a explicitar as razões e justificativas
de sua decisão. Além de revelar uma irresponsabilidade sem limites, a atitude
da empresa, assim como dos senhores presidentes da república e os dirigentes da
estatal demonstram completo desrespeito à população do Ceará, disse ele.
Em seu
requerimento, Tasso lamentou a exploração política desta promessa, ao citar que
“ em várias ocasiões, inclusive em cerimônias públicas, não apenas o Presidente
Lula, mas como a sua então Ministra de Minas e Energia, e depois Presidente da
República, Dilma Rousseff, foram ao Ceará, para a assinatura de protocolos de
intenção, chegando inclusive a celebrar o assentamento da “pedra fundamental”
daquela planta, o que fez o povo cearense crer que, finalmente, a tão desejada
refinaria estava a caminho”. Em seguida, afirma que “não seria descabido
duvidar de que, ao longo de todos esses anos, fomos todos vítimas de uma
ardilosa mentira e que na realidade a Petrobras nunca esteve realmente
comprometida com aquele projeto”
Dados
apresentados pela Petrobras apontam para um prejuízo em torno de R$ 2,7 bilhões
à empresa e o governo do Ceará estima o investimento, sem calcular os
incentivos fiscais, em torno de R$ R$ 675 milhões.
- Um
empreendimento tão gigantesco exigiria um mínimo de cuidados do ponto de vista
contratual, visando garantir a correta aplicação dos recursos, as precauções
com o descumprimento de obrigações e compromissos, as formas de ressarcimento
por perdas e danos, prejuízos ao erário, afirmou.
Roberto Moreira
Diário do Nordeste
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