Quem escutou falar
ou conheceu Yago somente no último domingo, no duelo diante da Chapecoense,
pode até não saber, mas deveria imaginar: o jovem de 19 anos traz consigo uma
vasta experiência. Não somente de futebol, mas também de vida. Cearense, ainda
menino deixou a família para trás, logo aos 13 anos, para poder se dedicar ao
sonho de correr atrás de uma bola. Passou pelo Rio de Janeiro, Espanha e agora
está mais ao Sul, em Florianópolis, onde exibe gratidão ao recordar do passado
ainda recente de sua vida. Pelo Figueirense, fez sua estreia no Brasileirão na
última rodada, apenas a segunda partida como profissional.
- Sai de casa perto
dos 13 anos e fui direto para Flamengo. Passei três anos lá, fui para o Botafogo
e depois para o Espanyol (time de Barcelona), até chegar aqui. O Figueirense é
um clube que me ajudou bastante, só tenho a agradecer, pela pessoa que me
tornei não somente dentro de campo, mas fora dele, como ser humano, me
identifico muito aqui nesse clube. Estou aqui há três anos e agora pude chegar
ao profissional – falou o meia, que fez a sua segunda partida no time de cima
contra a Chapecoense (a primeira foi no estadual).
De fato o último
final de semana foi especial para o jovem de 19 anos. Pela segunda vez na
carreira, Yago atuou na equipe profissional do Figueirense. A primeira vez
havia sido no Catarinense 2014. Contra a Chapecoense, quando entrou improvisado
na lateral direita, o meia fez a estreia pelo Brasileirão.
- Estou muito feliz
com esse momento. O Argel dá a confiança para a gente. Um jogo complicado, fui
bem, pude ajudar a equipe. Eu fico feliz do Argel ter me elogiado, ele dá
confiança para os moleques, dá confiança para toda a rapaziada, e isso é bom,
faz com que o grupo chegue ao seu objetivo – falou.
Se vive uma boa
fase na vida profissional, Yago colhe aquilo que buscou desde quando ainda
vivia em Limoeiro do Norte, no Ceará. Aos 13 anos, o jovem deixou a cidade, os
familiares e a mãe Adriana. Nos momentos mais duros, o hoje jogador do
Figueirense omitiu algumas verdades para a mãe e os familiares. Tudo na crença
do sonho, do objetivo de ser jogador de futebol.
- Alguns obstáculos
que são difíceis, vim de uma família humilde, varias vezes minha mãe me ligava
e eu falava que estava tudo bem, estava tudo ok, mas não estava nada legal. Tem
uma trajetória, tem um caminho, é bastante complicado, mas vale a pena. Quem
pensa que é fácil chegar até o profissional, mas não é – revela.
Matéria do Globo Esporte
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