Durante sessão plenária da Assembleia, o deputado Lula Morais (PCdoB) repercutiu a entrevista do procurador geral da República, Rodrigo Janot, à Folha. Segundo ele, o procurador diz que havia vazamento seletivo por parte do advogado Alberto Youssef e dos que hoje promovem a investigação da operação Lava Jato, a fim de influenciar na campanha eleitoral e prejudicar Dilma Rousseff.
“A denúncia partiu do próprio procurador da República e é importante chamar atenção para os desdobramentos dessa operação”, disse. Lula Morais afirmou que é importante que estejamos sempre com olhar crítico para não sermos contaminados por interesses políticos que não são os mais republicanos.
Lula Morais disse que “os delegados e o juiz do caso do Petrolão são tucanos”. Ao reproduzir as declarações de Janot, o parlamentar contou que o advogado “operava para o PSDB do Paraná, foi indicado pelo governador Beto Rixa para o Conselho de Administração da Senapar, e tinha vinculação com partido”. Conforme relatou, o advogado começou a vazar fatos seletivamente e que o próprio procurador teria alertado para que parasse, pois a cláusula contratual diz que nem o Youssef nem o advogado poderiam falar.
Lula Morais leu trechos da avaliação feita no Blog do Cafezinho sobre o assunto e corroborou que, se a acusação atingisse o PT, a mídia a teria transformado, imediatamente, em manchetão nas capas de todos os jornais, portais e revistas. Ele frisou ainda que a imprensa não identificou os vazamentos seletivos, que tinham o intuito de prejudicar a campanha de Dilma, porque a imprensa fazia parte do esquema.
Em seu pronunciamento, o parlamentar ainda destacou que, a imprensa e o PSDB “estavam montando um golpe”. Exagero! O presidente do TSE, Dias Tofoli, considerou tudo muito normal, gostou dos debates, e, disse ainda, que o Petrolão é a prova que precisava para se definir a questão da doação de campanha, não impedir. “Uma empresa fatura R$ 1 bilhâo. Ela pode doar R$ 20 milhões para um só candidato caso queira”, disse Tofoli no programa do JÔ, propondo uma “regulamentação porque hoje as empresas estão livres”.
Roberto Moreira
Roberto Moreira