“No meu Governo, os trabalhadores
vão participar. A Força Sindical estará dentro dos conselhos para que vocês
tenham o diálogo aberto e permanente com o governo”. A declaração é do
candidato a governador Eunício Oliveira, que discursou nesta terça-feira (21)
para aproximadamente 15 mil filiados à Força Sindical do Ceará, de acordo com
os cálculos dos organizadores.
O encontro foi realizado em
frente ao Complexo Siderúrgico do Pecém e marcou adesão dos trabalhadores à
campanha de Eunício, candidato que propõe uma nova forma de governo o Ceará,
tendo como princípio chave o diálogo. A Força Sindical no Ceará é composta por
150 mil trabalhadores, filiados a 87 sindicatos. O presidente e o
vice-presidente da entidade no Ceará, Raimundo e Façanha, comandaram a reunião.
“Os trabalhadores merecem ter
seus direitos respeitados. Assumo um compromisso agora diante de Deus e de
vocês. Se eleito for governador, a Força Sindical vai participar, sim. Os
trabalhadores vão participar do meu governo para estar lá dentro, sabendo o que
acontece e abrindo um diálogo verdadeiro. Não é um compromisso de eleição, pelo
voto, mas o sentimento de um homem que veio do interior e sabe as dificuldades
de cada trabalhador. São vocês que constroem um Brasil diferente”, defendeu
Eunício.
Enaltecendo a boa relação que
mantém com o presidente da entidade em âmbito nacional, o deputado federal
Paulinho da Força, Eunício lamentou que a gestão atual despreze o diálogo com a
sociedade.
Os trabalhadores do Complexo
Siderúrgico do Pecém estão em mobilização por melhorias nas condições de
trabalho, realizando assembleias periódicas, nas quais deliberam sobre os itens
constantes na pauta de reivindicações. Um dos pontos aprovados foi o recesso de
fim de ano. Nas próximas assembleias, deve ser aprovada a tese da equiparação
salarial.
Entretanto, a reclamação mais
urgente da categoria é a opressão do Governo do Estado contra os trabalhadores.
Segundo Raimundo, sempre que há uma assembleia agendada, ao invés de sentar à
mesa para mediar as negociações, o governador envia ao local o batalhão de
choque da Polícia Militar. “O estado não comparece. Ao contrário, quer inibir
nossa manifestação com força policial. Não vamos aceitar. Só entraremos na obra
quando a polícia sair”, disse Raimundo.
“No meu governo, polícia não vai
bater em trabalhador. Vai combater a bandidagem. Que governo é esse, que bota a
polícia para bater no trabalhador, que não respeita os homens que botam comida
em casa através do suor do seu rosto. Por isso, várias categorias de trabalhadores
estão em greve no Ceará”, declarou Eunício, ao defender o cumprimento da Lei
Brasileira, que protege o trabalhador.
“O governo que está aí tenta
cercear nossos direitos. Nós somos trabalhadores organizados, e por isso
Eunício está aqui, pois ele sabe da importância da gente. Temos que estar
juntos. O governo que nos chamou de vagabundos vai agora pra rua”, destacou um
trabalhador presente à reunião. Outro reclamou que, após cursar formação
técnica no exterior, não consegue sequer entregar currículo no complexo do
Pecém.
* Com informações da coligação
"Ceará de Todos"
* Via Ceará News
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