Um dia após lançar programa de
governo em que defendia a aprovação de projetos e emendas constitucionais que
assegurassem o casamento civil entre homossexuais, a campanha da candidata do
Partido Socialista Brasileiro (PSB) à Presidência da República, Marina Silva,
recuou. Agora, a nova redação não defende alterações na legislação. Ressalta
apenas a garantia “de direitos oriundo da união civil entre pessoas do mesmo
sexo”, o que já foi reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Também foi
suprimido o trecho em que o PSB fazia menção à aprovação da PLC 122/06, que
torna crime a homofobia.
Em nota publicada na manhã deste
sábado (30/8), o PSB comunicou que o programa divulgado oficialmente “não
retrata com fidelidade os resultados do processo de discussão sobre o tema
durante as etapas de formulação do plano de governo”. O partido garante que,
apesar da modificação, continua apoiando a causa. "Convém ressaltar que,
apesar desse contratempo indesejável, tanto no texto com alguns equívocos como
no correto, permanece irretocável o compromisso irrestrito com a defesa dos
direitos civis dos grupos LGBT e com a promoção de ações que eduquem a
população para o convívio respeitoso com a diferença e a capacidade de
reconhecer os direitos civis de todos".
O pastor Silas Malafaia, da
Assembleia de Deus Vitória em Cristo, ameaçou fazer um discurso duro contra
Marina Silva. “Se Marina não se posicionar até segunda-feira, na terça será a
mais dura e contundente fala que já dei até hoje sobre um candidato a
presidente”, postou em sua conta pessoal nas redes sociais.
Fonte: Correio Braziliense
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