Apesar de ter renovado a aliança com o PT, o PMDB apresenta-se
como um dos principais adversários do partido nas eleições estaduais.
Candidatos petistas a governadores irão concorrer diretamente contra
peemedebistas em estados que concentram 75% dos eleitores brasileiros.
Desta forma, o PT disputa com o PMDB três a cada quatro
votos para governador. Mas não para por aí, além de competir com os candidatos
petistas, apenas um, entre os 18 candidatos peemedebistas a governadores, cita
Dilma em seus planos de governo, este é Renan Filho, candidato em Alagoas.
Segundo o jornal Estado de São Paulo, dados do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) apontam que, desde o início do primeiro governo Lula
(2003-2006), o número de apoios mútuos entre PT e PMDB nas disputas para
governador vem aumentando constantemente. Porém esse fenômeno se concentra nos
Estados de menos peso eleitoral.
Em 2002, os dois partidos não dividiram nenhum palanque
estadual, decorrência de uma imposição legal: o TSE determinou a chamada
verticalização das alianças, proibindo coligações nos Estados entre partidos
que, em plano federal, eram adversários.
Na época, o PMDB apoiou formalmente o candidato tucano à
Presidência, José Serra, e indicou a candidata a vice-presidente na chapa, a
então deputada Rita Camata (ES), o que inviabilizou qualquer acordo entre
peemedebistas e petistas nas disputas para governador.
De lá para cá, já sem a regra da verticalização, o número de
Estados em que um dos dois partidos apoiou o outro passou de 5, em 2006, para
9, em 2010, e 10, neste ano. Hoje, as siglas estão juntas em vários Estados com
eleitorado pequeno, como Alagoas, Tocantins e Mato Grosso.
A única exceção é Minas Gerais, onde o PMDB apoia o
candidato petista, Fernando Pimentel. Em 2010, os dois estavam juntos não
apenas em Minas, mas também no Rio de Janeiro, no Paraná e no Ceará, Estados
que estão entre os dez de maior eleitorado no Brasil.
Ceará News 7
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