A seca que atinge o Nordeste, desde o ano passado,
“esvaziou” a maioria dos açudes da região. De acordo com a Funceme, hoje, os
açudes do Ceará estão com apenas 35% da capacidade de armazenamento, que é de
18 bilhões de metros cúbicos de água.
Mesmo com esse índice baixo, a reserva hídrica do Estado é a
maior do país, o que, segundo o vice-governador Domingos Filho, se deve às
políticas públicas realizadas pelo governo estadual, como a construção de
barragens.
O gestor destaca, no entanto, que é preciso intensificar as
ações de integração de bacias, que garantirão a distribuição das águas, hoje,
acumuladas na região do Vale do Jaguaribe. “Falta a água chegar onde mais
precisa, pois ela está muito concentrada, com 50% do total em apenas três açudes”,
pontuou.
Essa concentração reflete na falta d’água em alguns
municípios do Estado do Ceará. Diariamente ouvintes do Ceara News entram em
contato com a redação do programa, para reclamarem da falta d’água, e pedir
soluções das autoridades.
O secretário do Desenvolvimento Agrário, Nelson Martins,
argumentou que é preciso flexibilizar a legislação. “A burocracia trava a
liberação de recursos e prejudica o andamento dos programas emergenciais”,
protestou. Ele mostrou ainda preocupação com o agravamento da seca no Ceará. “A
insolação está muito elevada e o quadro tende a se agravar até o final do ano”,
reforçou.
As declarações foram dadas durante a abertura do Seminário
sobre secas, impactos e respostas e contribuições para uma política nacional
sobre secas.
Fonte: Cearanews7