O ataque à Igreja Matriz de Santo Antônio, na cidade de
Quixeramobim, no dia 20 do mês passado, é apenas um exemplo da falta de
segurança nos tempos religiosos da Igreja Católica na área da Diocese de
Quixadá. As investidas de malfeitores, principalmente de usuários de drogas,
desocupados e vândalos, estão se tornando cada vez mais constantes. De acordo
com o padre Ribamar Filho, responsável pela Paróquia Jesus Maria José, a
Catedral de Quixadá, como é mais conhecida, os ataques a Igreja estão se
tornando cada vez mais frequentes. O jeito foi colocar grades, mesmo
contrariando a vontade de boa parte dos fiéis.
Nestes três anos à frente da Paróquia mais central da cidade
padre Ribamar Filho já foi buscar até a toalha do altar em uma boca de fumo,
local onde são vendidas drogas, revelou. Apesar da instalação das grades as
tentativas de arrombamento continuam, Também tentaram arrancar o cofre da
igreja, mas acabaram desistindo. Os prejuízos para o acervo religioso não são
maiores porque as peças de maior valor, para a Igreja, não ficam mais expostas.
Ele lamenta o comportamento dos malfeitores e a falta de segurança.
Conforme o comando do 9º Batalhão Policial Militar (BPM)
sediado em Quixadá, casos como o do furto do cofre em Quixeramobim não são
comuns na região. Na maioria deles os responsáveis pelas igrejas não informam à
polícia. Mesmo assim, tanto as igrejas católicas como as evangélicas precisam
tomar cuidados. As cidades vão crescendo e com elas os problemas. A Polícia
Militar não possui efetivo suficiente para guarnecer cada templo existente na
região. Mesmo assim, quando são realizadas procissões e festividades
religiosas, parte dos policiais são disponibilizados para garantir a segurança.
Diário Sertão Central