O pastor Silas Malafaia,
presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, agitou as redes sociais
neste sábado com mensagens contra uma passagem do programa de governo da
candidata à Presidência Marina Silva (PSB) que prometia encaminhar uma lei pela
aprovação do casamento gay. Horas depois, a campanha de Marina publicou uma
“errata” sobre o assunto.
Malafaia deu início a uma série
de postagens em seu perfil no Twitter na noite desta sexta-feira (29) para
critica o programa de governo de Marina — as mensagens levaram o pastor aos
Trending Topics da rede social. Segundo ele, “o programa de governo do partido
de Marina é pior que o PT e o PSDB no que tange aos direitos dos gays”, pois
“apoia descaradamente o casamento gay”.
— É uma vergonha o programa de
governo do PSB de Marina no que tange a causa gay, prevê casamento, adoção de
crianças e etc. (...) Estou como muitos cristãos aguardando o posicionamento de
Marina sobre o programa de governo do PSB de apoio a agenda do ativismo gay.
Coincidência ou não, na manhã
deste sábado a campanha de Marina publicou “errata” para corrigir uma “falha
processual na editoração”. Após a mudança, o apoio ao casamento gay foi
substituído pelo compromisso de “garantir os direitos oriundos da união civil
entre pessoas do mesmo sexo”.
Posicionamento
Apesar da mudança, Malafaia não
se deu por satisfeito e voltou a publicar no Twitter neste sábado para dizer
que “o programa de governo de Marina pensa que o povo de Deus é idiota”, já que
“corrigiu palavras, mas a essência é a mesma, pior, cheio de subjetividades”. O
pastor ainda prometeu ser mais duro.
— Se Marina não se posicionar até
segunda[-feira], na terça será a mais dura e contundente fala que já dei até
hoje sobre um candidato a presidente.
Questionada sobre o assunto neste
sábado durante agenda de campanha no Rio de Janeiro, Marina disse que foi
"corrigido um erro", e que não teria recuado de suas posições só para
evitar polêmicas.
A candidata aproveitou para
ressaltar seu "compromisso com o Estado laico e o respeito às liberdades
individuais e religiosas daqueles que acreditam ou que não acreditam, sem
importar cor ou orientação sexual".
Fonte: Portal R7
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