Bom condicionamento físico demonstrado pelo elenco do Fortaleza pode fazer diferença na reta final da Série B
Não foi só a
quantidade de chances criadas e desperdiçadas pelo time do Fortaleza que chamou
atenção no empate sem gols diante do Oeste, no último sábado. Outro fator
destacável no grupo leonino é o preparo físico. O jogo em Barueri foi intenso
até o último minuto e todos os atletas do Tricolor mantiveram o ritmo até o
fim.
A primeira
alteração feita por Rogério Ceni, por exemplo, que foi dupla, só aconteceu aos
33 minutos do segundo tempo e muito mais por questões táticas. Éderson e Marlon
não apresentavam qualquer sinal de esgotamento físico ao deixarem o gramado
para que Gustavo e Romarinho entrassem.
A formação
titular esteve intacta por 78 minutos, o que representa mais de 85% da partida
sem levar em consideração os acréscimos , com mais posse de bola e propondo o
jogo. O ponto importante é que isso não é exceção no Fortaleza. Nos últimos
três jogos, Ceni mexeu no time ao seu gosto sempre após 20 minutos da etapa
final. As saídas de Tinga e Marcelo Boeck na partida contra o São Bento, há
duas rodadas, foram por contusão.
Chegar à reta
final da Série B do Brasileiro com fôlego sobrando pode fazer toda a diferença,
especialmente para quem tem planos não somente de um acesso antecipado, mas
também de ser campeão.
"É um
fator bacana porque nós não trabalhamos exclusivamente isso (parte física), mas
sempre atrelado ao trabalho com bola. A gente exige que o time trabalhe numa
intensidade muito alta e o Danilo (Augusto, preparador físico) faz um grande
trabalho", elogia Ceni.
A tabela
também tem estado a favor do Fortaleza. O espaçamento entre os últimos jogos
contribuiu para um time mais intenso em campo, segundo o técnico. "Ajuda
bastante ter um jogo por semana. Com intervalo de seis dias ou sete dias,
logicamente que você tem mais chances, apesar que nós fizemos uma viagem bem
difícil, a logística não foi boa, demoramos 10 horas para chegar, mesmo assim o
time correu bastante", disse, ainda se referindo ao jogo diante do Oeste.
Nas últimas
três partidas, os intervalos foram de dez e oito dias. Para as próximas duas
serão de seis (já em andamento) e cinco. Quanto a estas duas, entretanto, a
preocupação do técnico tricolor deve ser menor, já que ambas são em casa.
O Povo Online
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