Desde a
eleição de domingo (7), os vencedores nas bancadas para Senado e Câmara dos
Deputados ganharam destaque no noticiário. Mas, por outro lado, a votação
também mostra quem não conseguiu convencer o eleitor: candidatos que tiveram a
menor votação nestas eleições.
A Agência
Brasil conferiu estado a estado os candidatos que somaram 1% dos votos nas
disputas ao Senado e 0,1% no pleito para um lugar na Câmara, considerados
percentuais de baixo desempenho nas urnas.
Dos 8.588
candidatos a deputado federal, 2.998 tiveram 0,1% ou menos dos votos, o
equivalente a 34,9% do total. Dos 358 candidatos a senadores, 20% (75)
conseguiram apenas 1% ou menos dos votos.
Estados
Entre os
estados, o com maior número de candidatos à Câmara que não ultrapassaram 0,1%
foi São Paulo: com 1.010 concorrentes. Em seguida, aparecem Rio de Janeiro
(542), Minas Gerais (436), Bahia (228) e Pernambuco (159).
Partidos
Em relação aos
partidos, os candidatos mais mal colocados concorreram por legendas como PRTB,
PRP, PMB, PPL, Rede e PROS. Agremiações menores de esquerda, como PSTU, DC, PCO
e PCB, também estão na lista.
Sudeste
O estado de
São Paulo, maior colégio eleitoral do país, foi o campeão em candidatos à
Câmara dos Deputados, com 1.010 concorrentes ficaram na casa do 0,1%. A menor
votação foi de Rosicleide Oliveira (PRTB), que recebeu apenas 10 votos. Na
corrida ao Senado, quatro participantes fizeram menos do que 1%, dois do Rede e
dois do PSTU.
Minas Gerais,
segundo maior colégio eleitoral do país, foi também o segundo estado com mais
concorrentes à Câmara Federal na margem de 0,1% dos votos, com 436. Nas últimas
colocações, três integrantes do PPL, como Paloma Pereira que obteve nove votos.
Em relação ao Senado, cinco postulantes tiveram baixo desempenho. O Rio de
Janeiro teve quatro concorrentes ao Senado abaixo do 1% e 542 candidatos a
deputado abaixo de 0,1%. No Espírito Santo, quatro postulantes ao Senado não
foram além de 1%, e 15 candidatos a deputado ficaram com 0,1%.
Sul
No Rio Grande
do Sul, cinco candidatos a senador ficaram com menos de 1%. Do total, 126
candidatos ficaram com menos de 0,01%. Em Santa Catarina, foram quatro
aspirantes ao Senado abaixo da marca de 1%. Entre os que miraram a Câmara
Federal, 41 ficaram na casa dos 0,1%. Margarete Charão (PRTB) foi a menos
votada, com 16 votos. No Paraná, o Senado teve cinco candidatos que tiveram
menos de 1% dos votos. Entre os concorrentes a deputado federal, foram 151 com
0,1%. O último foi Valdir Januário dos Santos (PRTB), com 12 votos.
Nordeste
A Bahia foi o
estado nordestino com maior número de candidatos com mau desempenho na corrida
à Câmara, com 228 candidatos na casa do 0,1%. Na disputa ao Senado, cinco
concorrentes não foram além do 1% no estado. Pernambuco ficou em segundo no
quesito dos concorrentes à Câmara, com 159 com menos de 0,1%, sendo os três do
DC. Dois candidatos ao Senado tiveram baixo desempenho: Lídia Brunes (PROS),
com 0,67%, e Hélio Cabral (PSTU), com 0,25%.
O Ceará foi o
terceiro em postulantes à Câmara com baixo desempenho, somando 68. Na luta por
um lugar no Senado, apenas João Saraiva (Rede) ficou com menos de 1%, atingindo
0,28%. O Piauí foi o campeão de candidatos ao Senado com baixa votação, com
nove pessoas nesta situação. Na disputa para Câmara, 16 não superaram 0,1%.
No Maranhão,
na corrida ao Senado, três candidatos tiveram menos de 1%. Na disputa para
Câmara, 37 ficaram na ponta de baixo da tabela, com as últimas colocações de
três indicados pelo PSOL. Em Sergipe e em Alagoas, apenas dois candidatos
ficaram dentro do percentual para cada estado. Na disputa pela Câmara, foram
candidatos em Sergipe, e cinco, em Alagoas. Na Paraíba, na corrida ao Senado,
apenas Nivaldo Mangueira (PSOL) ficou na ponta de baixo, com 0,42%. Na disputa
para a Câmara, o estado teve 13. Já o Rio Grande do Norte teve mais postulantes
ao Senado na linha do 1%: três. E 14 pessoas não ultrapassaram 0,1% para
deputado federal.
Norte
No Tocantins,
apenas um candidato ao Senado teve menos de 1%: Melk Aires (PSOL), com 0,97%. Para
deputado federal, foram dois com menos de 0,1% dos votos, ambos do PRTB. No
Pará, três candidatos ao Senado e 16 para Câmara ficaram entre os piores
colocados. No Amapá, foram dois para senadores e nenhum candidato à Câmara fez
0,1%. As menores votações foram de Larissa do PSOL (PSOL), com 68, Ilka Pereira
(PV), com 128, e Acenildo Costa (PV), com 163 votos.
No Amazonas,
dois candidatos ao Senado ficaram com menos de 1% e 17 candidatos a deputado
federal tiveram 0,1%. Em Roraima, apenas o aspirante a senador Lourival (PSTU)
ficou abaixo do corte, com 0,38%. Na disputa por uma vaga na Câmara, dez
ficaram com as piores colocações, sendo três do PHS. No Acre, nenhum candidato
ao Senado ficou abaixo do 1%. Na última colocação ficou Pedrazza (PSL), com 2,55%.
Entre os aspirantes ao cargo de deputado, oito não atingiram 0,1%. Em Rondônia,
apenas Ted Wilson (PRTB) ficou abaixo do corte, com 0,97%. No pleito à Câmara
Federal, cinco não saíram da marca do 0,1%.
Centro-Oeste
Em Goiás, dois
aspirantes a senador ficaram nas últimas colocações. O estado teve 48
candidatos a uma vaga na Câmara na casa do 0,1%. No Distrito Federal, Chico
Sant´anna (PSOL) e Robson (PSTU) foram os concorrentes a senador com votação
abaixo de 0,1%, obtendo, respectivamente, 0,65% e 0,20%. Do total, dez
candidatos a deputado federal ficaram no corte do 0,1%. Em Mato Grosso, dois
não chegaram ao 1% na corrida ao Senado. Na disputa pela Câmara, sete
concorrentes não foram além do 0,1%. Em Mato Grosso do Sul, Betini (PMB) foi o
concorrente ao Senado com pior desempenho, com 0,62%. Entre os postulantes a
uma cadeira de deputado, oito não ultrapassaram 0,1%.
Em baixa
Candidatos a
deputado federal que tiveram até dez votos:
Pati Vanzin
(PROS-BA) – 3 votos
Ana Luiza
(PHS-AM) – 5 votos
Paulinha
(Avante–AC) – 6 votos
Paloma Pereira
(PPL-MG) -9 votos
Nélia Carvalho
(PPL-BA) – 9 votos
Marcia de
Carcia (PROS-PE) – 9 votos
Osmar Silva
(PRTB-SP) – 10 votos
Matias Morais
(Avante-AC) – 10 votos
Binha Shalom
(PROS-BA) – 10 votos
Rosicleide
Oliveira (PRTB-SP) – 10 votos
Com
informações da Agência Brasil
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