Com o fim do
prazo para as convenções partidárias, chegamos a 14 candidatos que foram
escolhidos pelas legendas para concorrer ao cargo de presidente da República em
2018. Segundo a legislação eleitoral, as chapas completas com os candidatos,
vices, alianças ou coligações têm de ser oficializadas até esta segunda-feira
(6). Veja quem são os candidatos a presidente:
Álvaro Dias
(Podemos)
O senador
Álvaro Dias foi escolhido pelos convencionais do Podemos para ser candidato à
Presidência da República. A candidatura do parlamentar pelo Paraná foi
oficializada em Curitiba, durante convenção nacional do partido. Na primeira
fala como candidato, Álvaro Dias anunciou que, se eleito, vai convidar o juiz
federal Sérgio Moro para ser ministro da Justiça, e repetiu a promessa de
“refundar a República”. Ele vai compor a chapa com o ex-presidente do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de
Castro, cujo partido, o PSC, havia decidido lançar candidatura própria à
Presidência, mas desistiu em favor de uma aliança com o Podemos. Além do PSC,
fazem parte da coligação até agora os partidos PTC e PRP.
Cabo Daciolo
(Patriota)
A convenção
nacional do Patriota oficializou a candidatura do deputado federal Benevenuto
Daciolo Fonseca dos Santos, o Cabo Daciolo. O evento ocorreu no município de
Barrinha, no interior de São Paulo. O candidato foi escolhido por unanimidade.
A candidata a vice é Suelene Balduino Nascimento, do mesmo partido. Ela é
pedagoga com 23 anos de experiência e atua na rede pública de ensino do
Distrito Federal. Daciolo defende mais investimentos em educação e segurança
por considerar áreas essenciais para o crescimento do país. Em discurso durante
a convenção, Daciolo se posicionou contrário à legalização do aborto e à
ideologia de gênero.
Ciro Gomes
(PDT)
O PDT
confirmou no dia 20 de julho a candidatura de Ciro Gomes à Presidência da
República, na convenção nacional que reuniu filiados do partido. Esta é a
terceira vez que Ciro Gomes será candidato à Presidência da República: em 1998
e 2002, ele concorreu pelo PPS. Natural de Pindamonhangaba (SP), construiu sua
carreira política no Ceará, onde foi prefeito de Fortaleza, eleito em 1988, e
governador do estado, eleito em 1990. Renunciou ao cargo de governador, em
1994, para assumir o Ministério da Fazenda, no governo Itamar Franco
(1992-1994), por indicação do PSDB, seu partido na época. Ciro Gomes foi
ministro da Integração Nacional de 2003 a 2006, no governo do ex-presidente
Lula. Tem 60 anos e quatro filhos.
Geraldo
Alckmin (PSDB)
Em convenção
nacional realizada na capital federal, o PSDB confirmou, nesse sábado (4), a
candidatura do presidente do partido e ex-governador de São Paulo, Geraldo
Alckmin, à Presidência da República nas eleições de outubro. Dos 290 votantes,
288 aprovaram a candidatura de Alckmin. Houve um voto contra e uma abstenção. A
senadora Ana Amélia (PP-RS) é a vice na chapa. No primeiro discurso como
candidato, Alckmin disse que quer ser presidente para unir o país e recuperar a
“dignidade roubada” dos brasileiros. Ele defendeu a reforma política, a
diminuição do tamanho do Estado e a simplificação tributária para destravar a
economia.
Guilherme
Boulos (PSOL)
O coordenador
nacional do Movimento dos Trabalhadores SemTeto (MTST), Guilherme Boulos, foi
lançado no dia 21 de julho como candidato à Presidência da República pelo PSOL,
na convenção nacional em São Paulo. Também foi homologado o nome de Sônia
Guajajara, representante do povo indígena, para vice-presidente. Boulos
destacou que irá defender temas que pertencem aos princípios do partido, como o
direito ao aborto e à desmilitarização da polícia.
Henrique
Meirelles (MDB)
O MDB
confirmou, no dia 2 de agosto, o nome de Henrique Meirelles, ex-ministro da
Fazenda, como candidato à Presidência da República. O partido informou que
Germano Rigotto, ex-governador do Rio Grande do Sul, será o vice na chapa.
Henrique Meirelles destacou como prioridades investimentos em infraestrutura,
para diminuir as distâncias no país, além de saúde e segurança pública. O
presidenciável também prometeu reforçar o Bolsa Família. Para gerar empregos,
Meirelles disse que pretende resgatar a política econômica, atrair
investimentos e fazer as reformas para que o país cresça 4% ao ano.
Jair Bolsonaro
(PSL)
O deputado
federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ), 63 anos, foi confirmado, no dia 22 de julho,
como o candidato à Presidência da República nas eleições deste ano pelo PSL. O
vice é o general Hamilton Mourão, do PRTB. Na convenção, Bolsonaro adiantou
que, se eleito, quer excluir o ministério das Cidades e fundir pastas como
Fazenda e Planejamento, assim como Agricultura e Meio Ambiente. O candidato
prometeu ainda privatizar estatais.
João Amoêdo
(Partido Novo)
João Dionisio
Amoêdo foi oficializado candidato à Presidência da República pelo Partido Novo
durante convenção na capital paulista, no dia 4 de agosto. O cientista político
Christian Lohbauer foi escolhido como candidato à vice-presidente. Entre as
principais propostas de Amoêdo estão equilibrar as contas públicas, acabar com
privilégios de determinadas categorias profissionais, melhorar a educação
básica e atuar fortemente na segurança. O presidenciável também é favorável à
revisão do Estatuto do Desarmamento. João Amoêdo disse que quer levar renovação
à política e mudar o Brasil. O presidenciável defendeu a privatização de
empresas estatais.
João Goulart
Filho (PPL)
O PPL lançou,
no dia 5 de agosto, João Goulart Filho como candidato à Presidência da
República. Ele é filho do ex-presidente João Goulart, o Jango, que teve mandato
presidencial, de 1961 a 1964, interrompido pela ditadura militar. É a primeira
vez que João Goulart Filho concorre ao cargo. O candidato a vice é Léo Alves,
professor da Universidade Católica de Brasília. Algumas propostas do candidato
são a redução drástica dos juros da dívida pública para dar condições ao Estado
de investir no desenvolvimento social, o resgate da soberania, o controle das
remessas de lucros das empresas estrangeiras e a revisão do conceito de
segurança nacional.
José Maria
Eymael (DC)
O partido
Democracia Cristã (DC) confirmou, no dia 28 de julho, durante convenção na
capital paulista, a candidatura de José Maria Eymael à Presidência da
República, nas eleições de outubro, e do pastor da Assembleia de Deus Helvio
Costa como vice-presidente. Na área econômica, as diretrizes gerais de governo
do DC incluem política macroeconômica orientada para diminuição do custo do
crédito ao setor produtivo, apoio e incentivo ao turismo e a valorização do
agronegócio com ações de governo específicas, que ainda não foram divulgadas, e
apoio aos pequenos e médios produtores rurais.
Lula (PT)
A convenção
nacional do PT escolheu, por aclamação, no dia 4 de agosto, o nome de Luiz
Inácio Lula da Silva para ser o candidato à Presidência da República. O
encontro também homologou o apoio do PCO e do PROS à candidatura do PT. O
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preso em Curitiba, desde 7 de
abril, após ter sido condenado em segunda instância no caso do triplex de
Guarujá. O ator Sérgio Mamberti leu, na convenção, uma carta escrita por Lula,
onde ele afirmou que “querem fazer uma eleição presidencial de cartas marcadas,
excluindo o nome que está à frente na preferência popular em todas as
pesquisas”.
Marina Silva
(Rede)
A primeira
convenção nacional da Rede Sustentabilidade confirmou, por aclamação, no dia 4
de agosto, o nome Marina Silva como candidata da sigla à Presidência da
República. O candidato à vice na chapa, o médico sanitarista, Eduardo Jorge, do
Partido Verde (PV), também foi apresentado oficialmente no encontro. A
presidenciável prometeu uma campanha limpa, sem notícias falsas e sem destruir
biografias. Se comprometeu com as reformas da Previdência, tributária e
política, que acabe com a reeleição e incentive candidaturas independentes. Se
eleita, Marina também disse que pretende fazer uma revisão dos “pontos
draconianos” da reforma trabalhista que, segundo ela, seriam feitas a partir de
um diálogo com o Congresso.
Vera Lúcia
(PSTU)
Em convenção
nacional, o PSTU oficializou, no dia 20 de julho, a candidatura de Vera Lúcia à
Presidência da República e de Hertz Dias como vice na chapa. A escolha foi
feita por aclamação pelos filiados ao partido presentes na quadra do Sindicato
dos Metroviários de São Paulo, na zona leste da capital paulista. De acordo com
Vera Lúcia, o plano de governo prevê reforma agrária, redução da jornada de
trabalho sem redução de salário e um plano de obras públicas para atender as
necessidades da classe trabalhadora.
Com
informações da Agência Brasil
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