Instituições
financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) continuam reduzindo a projeção
de crescimento da economia e aumentando a estimativa para a inflação. No sexto
aumento seguido, a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA) subiu de 3,88% para 4% neste ano. Para 2019, a estimativa segue em
4,10%.
Mesmo com o
aumento nas projeções, as estimativas seguem abaixo da meta de 4,5%, com limite
inferior de 3% e superior de 6% para este ano. Para 2019, a meta é 4,25% com
intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%. Para alcançar a meta de inflação,
o BC usa como instrumento a taxa básica de juros, a Selic. Na semana passada, o
Comitê de Política Monetária (Copom) do BC decidiu manter a Selic em 6,5% ao
ano.
Taxa Selic
Para as
instituições financeiras, a Selic deve permanecer em 6,5% ao ano até o fim de
2018. Para 2019, a expectativa é de aumento da taxa básica, terminando o
período em 8% ao ano.
Quando o Copom
aumenta a Selic, objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos
nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a
poupança.
Quando o Copom
diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com
incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação.
A manutenção
da Selic, como prevê o mercado financeiro, indica que o Copom considera as
alterações anteriores suficientes para chegar à meta de inflação, objetivo que
deve ser perseguido pelo BC.
Atividade
econômica
A estimativa
do mercado financeiro para o crescimento da economia continua sendo reduzida. A
projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os
bens e serviços produzidos no país – passou de 1,76% para 1,55% na oitava
redução seguida.
A previsão de
crescimento do PIB para 2019 caiu, pela terceira vez consecutiva, ao passar de
2,70% para 2,60%.
A previsão do
mercado financeiro para a cotação do dólar passou de R$ 3,63 para R$ 3,65 no
fim deste ano, e permanece em R$ 3,60 para o fim de 2019.
(Agência
Brasil)