Em dois meses,
partidos políticos poderão começar a realizar convenções para escolher
oficialmente candidatos a presidente e vice-presidente da República, governador
e vice-governador, senador e respectivos suplentes, deputado federal, deputado
estadual ou distrital.
De acordo com
o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as convenções devem ocorrer entre 20 de
julho e 5 de agosto. Aqui no Ceará, a movimentação é intensa, sobretudo nos
bastidores, para a composição de alianças eleitorais.
O Diretório
Estadual do Partido dos Trabalhadores deve ser reunir nos próximos dias para
definir os rumos da legenda que aposta na reeleição do governador Camilo
Santana.
Segundo o
vereador Acrísio Sena, o encontro servirá para “traçar todo o cronograma
preparativo no tocante à tática eleitoral. Nós vamos tirar a nossa convenção, o
calendário de discussão com o governador Camilo Santana e as representações dos
parlamentares”, explica.
“A partir
dessa reunião do diretório estadual, é que sairá todo o cronograma até o
período das convenções”, diz Acrísio.
Proporcional
Sobre as
articulações para a disputa proporcional, o petista avalia que o PT não deve
fazer coligações. “Diante da amplitude do bloco que dá apoio ao processo de
reeleição do nosso governador, a nossa avaliação é que, esse blocão, do ponto
de vista para a disputa proporcional, se torna inviável. Serão constituídos
blocos e, automaticamente, cada partido também terá a oportunidade de construir
a sua tática eleitoral”, pondera.
“Para o PT,
acredito que o melhor caminho é sair com chapa própria para deputado estadual e
deputado federal. Também já me pronunciei e acho que seria razoável, já que o
PT tem a vaga de governador, não reivindicar a vaga de senador, mas vamos
debater”, disse em referência a possibilidade de renovação da vaga hoje ocupada
pelo senador José Pimentel (PT).
Férrer
Outro que
também aguarda definições é o deputado Heitor Férrer (SD). Após adesões de
novos partidos políticos à base de apoio do Governo do Estado, Férrer conversou
com o presidente do Solidariedade no Ceará, Genecias Noronha, e ficou decidido
que o parlamentar continuará a atuar na oposição ao governo Camilo Santana e ao
grupo político dos Ferreira Gomes. Heitor Férrer reforça que não irá apoiar a
reeleição do atual governador nem qualquer candidatura dos irmãos Ferreira
Gomes ou seus candidatos.
O deputado,
que disputará a reeleição, deve tratar de articulações e alianças, esta semana,
em nova reunião com o presidente da sigla. “Estou tratando com o deputado
federal Genecias Noronha para discutir este assunto. Por enquanto não tenho,
ainda, o norte de como serão as convenções”, admite.
Psol
O Psol
participa de aliança nacional com o PCB e movimentos sociais (como o MTST e
APIB). O grupo aposta nos nomes de Guilherme Boulos e Sônia Guajajara para à
Presidência da República. “No Ceará, essa aliança se reproduz. Nossos
candidatos são: Governador – Ailton Lopes (PSOL), bancário. Foi o nosso
candidato em 2014 e em 2016 teve a 5ª maior votação de vereador em Fortaleza”,
afirma o deputado estadual Renato Roseno (Psol).
“Junto com
Ailton, a Professora Anna Karina (Psol). É militante feminista e professora da
rede estadual. Nossa chapa ao Senado será composta pelo Pastor Jamieson Simões
(Psol). Ele é pastor protestante, negro, histórico militante de Direitos da
infância e do movimento negro. E pelo sindicalista Benedito, militante do PCB,
operário da construção civil”, completa Roseno.
Indicativo
Ainda segundo
o parlamentar, existe um indicativo de que a convenção deve ser realizada no
dia 21 de julho. A confirmação, no entanto,, ainda depende da agenda de Boulos,
que deverá acompanhar o evento em Fortaleza. Roseno disputará a reeleição para
deputado estadual. “Tentaremos ampliar a bancada. E tentar a eleição de um
[deputado] federal. Temos bons nomes para federal e estadual. Um desafio a mais
é vencer a cláusula de barreira (precisamos ter 9 federais) e o Ceará pode
contribuir com essa tarefa”, destaca.
A legenda está
com planejamento adiantado e aposta no engajamento da militância para financiar
a campanha deste ano. “Já lançamos nossa plataforma de arrecadação prévia.
Acredito que fomos os primeiros, cumprindo nosso compromisso de transparência,
campanhas módicas e construídas coletivamente. Lembrando que teremos apenas
1,24% do fundo eleitoral e menos de 10 segundos de tempo de TV. Isso nos obriga
a muita militância nas ruas e nas redes”, conclui o parlamentar.
Tucano
Antes da
oficialização das chapas que irão concorrer ao pleito, os pré-candidatos já se
movimentam e com a possibilidade, a partir da disputa deste ano, da chamada
pré-campanha, eles estão nas ruas. Essa etapa passou a ser legalizada pela
minirreforma eleitoral de 2015, que reduziu o tempo oficial de campanha de 90
para 45 dias. A minirreforma introduziu, na Lei Geral das Eleições (Lei
9.504/97) a figura do pré-candidato, ao qual é permitido expor posições
políticas e a menção à pretensa candidatura, mas não pedir votos.
No final de
semana, o pré-candidato do PSDB ao Governo do Ceará, General Guilherme
Theophilo, cumpriu agenda ao lado do senador Tasso Jereissati (PSDB) no
município de Barbalha, região do Cariri. Antes, na última sexta-feira (25), ele
participou de caminhada pelo Centro de Fortaleza, acompanhado do deputado
Capitão Wagner (Pros). Em entrevista, o tucano concedeu entrevista à imprensa
na qual disse que “está na hora e no momento do cearense mudar o Governo do
Estado para melhorar as condições de vida da população porque os governantes
estão fugindo de suas responsabilidades”.
E ainda
A manifestação
é permitida pela Justiça Eleitoral. O secretário judiciário do TSE, Fernando Maciel
de Alencastro, explica que “está contemplada a divulgação de posicionamento
pessoal sobre questões políticas, inclusive nas redes sociais”. A pré-campanha
começou a valer nas eleições municipais em 2016, mas está mais difundida nesta,
inclusive pela possibilidade de pré-candidatos arrecadarem recursos por meio de
sites cadastrados pelo TSE.
A orientação
geral para o período é de que nesta fase devem ser evitados gastos de
campanhas.“Não se vê, nesse período da pré-campanha, previsão de prestação de
contas. Se presume que não haverá gastos substanciais pelo menos”, explica
Alencastro.
Com
informações do OE
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