O deputado
José Sarto (PDT) contestou, ontem, durante o primeiro
expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa, as críticas em relação
à segurança pública do Estado.
Entre os
pontos citados, o parlamentar refutou as afirmações acerca da falta de
investimentos às atividades de inteligência em 2017, questão levantada pelo
deputado Capitão Wagner (PR). Sarto discordou e citou a instalação de 700
câmeras de videomonitoramento, com softwares que fazem leitura capaz de
identificar se o carro foi roubado ou se está em dia com a documentação.
“O Governo
investiu em inteligência”, assegurou. “Este Governo foi o que mais contratou
policiais civis. Se investir em Perícia Forense não é inteligência, então me
digam o que é. O Governo tem investido na qualidade, na inteligência”,
reiterou.
Sarto observou
que é preciso avançar muito, “mas não se pode dizer que o Governo tem sido
omisso”. Para o parlamentar, a questão da segurança “é um tema bastante
complexo”. Ele lembra que todas as sugestões feitas pela oposição na Casa foram
incorporadas. Entre elas, destacou a do Batalhão de Divisas, que hoje já conta
com cinco companhias, e as equipes do Raio, estendido a quase todos os municípios
cearenses.
Conforme
recorda o deputado, parlamentares de oposição antes faziam críticas, afirmando
que os investimentos contemplavam somente equipamentos e viaturas, como Hilux.
Sarto afirma, no entanto, que hoje há um reconhecimento e valorização dos profissionais
da segurança pública no Estado. “A questão da segurança não se resolve com o
estalar de dedos, é muito mais complexa do que podemos imaginar. Ela é
multifatorial. O Governo tem feito e dado o melhor do seu esforço, trabalhando
diariamente para resolver e não se entregar à bandidagem aqui no Ceará”, disse.
Sarto criticou ainda a tentativa de condicionar a mensagem que beneficia os
agentes de saúde do Estado, em tramitação na Casa, à questão política.
Em aparte, o
deputado Julinho (PDT) definiu como “presunção” querer condicionar a matéria
que trata dos agentes de saúde a uma possível candidatura de Camilo Santana ao
Governo do Estado. “Condicionar uma coisa à outra nos deixa impressionados”,
afirmou.
A deputada
Rachel Marques (PT) destacou a importância da propositura que contempla os
agentes, avaliando como uma conquista histórica da categoria. “Essa categoria
merece e cumpre papel importante na prevenção da saúde”, pontuou.
O deputado
João Jaime (DEM) classificou a segurança como o maior problema enfrentado no
Brasil, que tem tornado os brasileiros mais infelizes. “A questão da segurança
é nacional. O crime organizado está organizado em todo o Brasil”, disse.
Segundo ele, a situação do País mudou, e o Ceará recebe vários bandidos chefes
de facções.
O deputado
Carlos Felipe (PCdoB) disse que se deve politizar o debate em torno da
segurança, mas sem transformá-lo num trampolim eleitoral. “O problema é
sociológico, econômico, jurídico e de Legislação. É uma questão muito
complexa", acrescentou
A deputada
Augusta Brito (PCdoB) parabenizou o trabalho, a força e dedicação de todos os
agentes de saúde. O deputado Jeová Mota (PDT) lembrou que há três anos o
governador vem falando que a questão da violência é nacional e, por várias
vezes, oficializou apoio da União, que foi negado. “Apenas este ano e agora,
após a intervenção no Rio de Janeiro, mandaram reforço ao Ceará."
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