Manifestantes pró-Lula iniciaram na manhã
desta segunda-feira (22) uma marcha na avenida Borges de Medeiros, no centro de
Porto Alegre.
Segundo o MST, 3.000 manifestantes da Via
Campesina já chegaram à cidade para acompanhar o julgamento do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva,na quarta-feira (24).
A marcha percorreu o trajeto da Ponte do
Guaíba até o acampamento dos movimentos da Frente Brasil Popular, no Anfiteatro
Pôr-do-sol, a cerca de 1 km do tribunal que julgará Lula.
Segurança
As autoridades do Rio Grande do Sul e os
movimentos de esquerda concordaram em destinar o Anfiteatro e a avenida Edvaldo
Pereira Paiva para o acampamento e manifestações pró-Lula. Na via também
ficarão estacionados os ônibus da militância. A Secretaria da Segurança definiu
que o entorno do Tribunal Regional Federal da 4ª Região será isolado. O
perímetro inclui o Parque Harmonia, onde, inicialmente, os movimentos de
esquerda planejavam montar acampamento.
Isolamento
A área começará a ser isolada ao meio-dia
desta terça-feira (23), horário a partir do qual os sete prédios públicos ao
redor da corte terão o expediente suspenso. A partir das 17h, só entrará no
perímetro quem estiver credenciado. Em entrevista para a imprensa na manhã
desta segunda-feira (22), o secretário Cezar Schirmer orientou a população a
evitar o entorno do tribunal para não sobrecarregar o trânsito, que já está
afetado no centro da cidade. As autoridades não quiseram informar o número do
efetivo policial empregado na segurança, o tempo de isolamento do perímetro e o
custo da operação. “A democracia tem custo, não se pode fazer economia com a
preservação da democracia”, disse Schirmer.
Divisão
A 3ª DPPA (Delegacia de Polícia de Pronto
Atendimento) da Polícia Civil, no bairro Navegantes, concentrará os maiores de
idade envolvidos em ocorrência. Os adolescentes serão encaminhados para o DEIC
(Departamento Estadual de Investigações Criminais), no Jardim do Salso. A
partir de terça (23), a 17ª e a 1ª DP, no centro, terão a estrutura reforçada.
Julgamento
Lula foi condenado pelo juiz Sergio Moro em
julho de 2017 a nove anos e meio de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.
Em caso de condenação em segunda instância, o ex-presidente fica inelegível
pela Lei da Ficha Limpa, mas pode se manter na disputa também por meio de
recursos. Na ação, o petista é acusado de receber R$ 3,7 milhões de propina da
empreiteira OAS em decorrência de contratos da empresa com a Petrobras. O
valor, apontou a acusação, se referia à cessão pela OAS do apartamento tríplex
ao ex-presidente, a reformas feitas pela construtora nesse imóvel e ao
transporte e armazenamento de seu acervo presidencial.
Com informações da Folha
Via Kézya Diniz - Política com K
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