O município de
Morada Nova localiza-se no território que era habitado pelos índios Paiacu que
foram aldeados na Aldeia Nova, a Aldeia de Nossa Senhora da Montanha criada
pelo clérigo padre João da Costa em 1699.
Com as
entradas-de-dentro, a implantação da pecuária no Ceará, na época da carne seca
e charque, surge um núcleo urbano ao redor do Aldeamento de Nossa Senhora das
Montanhas e que transformaria-se mais tarde na fazenda Espírito Santo. O
município de Morada Nova foi emancipado do território do então município de São
Bernardo das Russas em 2 de Agosto de 1876.
Suas origens
remontam ao século XVIII, quando nas proximidades do Rio Banabuiú
estabeleceram-se os colonizadores Alferes José de Fontes Pereira de Almeida e
seu irmão, o Capitão Dionísio de Matos Fontes. Em torno dessa fazenda,
denominada por seus proprietários de Morada Nova, formar-se-ia a povoação da
qual daria origem ao Município.
Evolução
Política: A elevação do povoado à categoria de distrito provém da Lei
Provincial nº 1.719, de 2 de agosto de 1876, com a denominação de Espírito
Santo, condicionando sua instalação à doação, pelos moradores, da casa na qual
deveria funcionar a Câmara Municipal. Satisfeita essa exigência, instalou-se o
Poder Municipal, tendo como data 17 de janeiro de 1877 e sendo eleitos os
seguintes membros: 1) Presidente: Manuel Antônio Ferreira Nobre; 2) Vereador:
Eduardo Henrique Girão; 3) Vereador: José Mateus Regino de Oliveira; 4)
Vereador: José Carneiro de Sousa; 5) Vereador: José Crisóstomo de Sousa; 6)
Vereador: José Raimundo Evangelista; 7) Vereador: Antônio Elias Saraiva de
Brito; 8) Secretário: Antônio Jorge de Oliveira Façanha; 9) Procurador: Joaquim
Victor Carneiro; 10) Fiscal: Raimundo José Cavalcante; 11) Suplente de Juiz:
Manoel Antônio Ferreira Nobre; 12) Suplente de Juiz: Conrado Balbino da Silva
Girão; 13) Suplente de Juiz: Plácido Francisco de Assis Andrade.
Além do
projeto do qual resultaria a elevação do povoado à categoria de vila, houvera
tentativa similar, de autoria do Legislativo Provincial, mas propondo a
denominação de São Crisólogo, o que não merecera aprovação graças aos protestos
do Deputado Joaquim Pauleta Bastos de Oliveira, e inclusão, de sua autoria, do
nome Espírito Santo (29/06/1876).
A elevação do
Distrito à categoria de Município, com a denominação de Morada Nova, provém da
Lei Estadual nº 2.336, de 3 de novembro de 1925, tendo sido instalado a 6 de
janeiro de 1926. Igreja: As primeiras manifestações de apoio eclesial têm como
precedente requerimento formulado pelos fazendeiros Alferes José de Fontes
Pereira de Almeida e seu irmão, o Capitão Dionísio de Matos Fontes,
requerimento esse endereçado a D. João da Purificação Marques Perdigão, Bispo
de Pernambuco, solicitando permissão para edificação de uma capela no reduto, e
a ter como padroeiro o Divino Espírito Santo.
Concedida a
autorização, dever-se-iam iniciar os respectivos trabalhos, porém, à vista de
desentendimento por parte dos requerentes irmãos, quanto à localização do
templo, prolongaram-se as querelas. Convocados, então, os demais habitantes do
reduto, no sentido de opinar a respeito, apresentou-se como vencedor o local
preferido pelo Alferes José de Fontes e constante de 25 braças em quadro,
conforme escritura datada de 1 de janeiro de 1834, além de segunda doação,
constante de 300 braças, que seria feita pelo Capitão Dionísio de Fontes, cujo
registro manteria a data de 29 de dezembro do mesmo ano.
Portal VJ
________________________________________________________________________________