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Camilo tenta garantir ajudas prometidas por Dilma ao Ceará

O governador Camilo Santana, desde o último dia 14, tem se dedicado, com afinco, em Brasília, a garantir a irreversibilidade de alguns compromissos da União com o Ceará, inclusive os de ordem política como no caso do hub da TAM. Na Capital da República, ele também trabalhou para angariar votos favoráveis à permanência da presidente Dilma Rousseff no Governo.

Não logrou êxito quanto a este objetivo. Hoje, há consenso sobre o afastamento dela, por decisão do Senado Federal, para responder, fora do cargo, num período de até 180 dias, ao processo por prática de Crime de Responsabilidade, segundo entendimento da Câmara dos Deputados.

A perda de um presidente correligionário, por óbvio, mesmo não sendo generoso, como de fato Dilma não o foi, até aqui, é um prejuízo político muito grande. E incomensurável mesmo é pela certeza de mais difíceis se tornarem o atendimento a seus pleitos, em nome do Estado, indispensáveis ao sucesso da sua gestão, hoje, fadada a ser destacada pelo pagamento em dia do funcionalismo, o que outros governantes, diga-se, por obrigação, inclusive de estados ricos como o Rio de Janeiro e demais, não estão podendo fazer, até pela incapacidade gerencial de governantes anteriores, e da angustiosa crise hoje existente.

Chances

Ajudar o Ceará a reunir as condições para ter a preferência da empresa aérea TAM de aqui instalar o seu hub, foi um compromisso da presidente Dilma. Seria uma compensação pela frustração de termos perdido a tão prometida Refinaria, tanto por ela quanto pelo seu antecessor. Questões de ordem federal ainda estão pendentes.

Sem Dilma, crescem as chances de o Estado do Rio Grande do Norte, do ex-presidente da Câmara e ex-ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, um dos mais próximos do vice-presidente Michel Temer, ter o empreendimento. Auxiliares de Camilo pensam diferente e acreditam que o Ceará será beneficiado por fatores econômicos interessantes para a TAM.

Camilo Santana, na semana passada, além de ter conversado em mais de uma oportunidade com a presidente Dilma sobre questões relacionadas à administração, também esteve, acompanhado dos secretários respectivos, com os ministros da Fazenda, da Educação, das Comunicações, da Justiça, das Cidades, do Meio Ambiente, além da presidente da Caixa Econômica, Mirian Belchior, e outros auxiliares do Planalto.

Afastada, como quase certeza existe de que será, só o surgimento de um ou mais fatos, deveras supervenientes, para evitar a cassação do mandato da presidente Dilma, tão forte é o sentimento de repulsa ao seu Governo, principalmente no universo da representação política. Publicamente, aliados dela não externam a sensação de fim da era petista no comando do Executivo nacional, mas, na prática, agem como se despedindo estivessem, seja quanto à correria para liberação de seus pleitos, nas mais diversas áreas da gestão moribunda, como na fantasia da antecipação de uma eleição presidencial, sem o TSE cassar o diploma de Dilma e do vice Michel Temer, ou ambos renunciarem.

Carece

O Estado do Ceará, mesmo só tendo recebido migalhas da União, nos últimos tempos, em se comparando com os benefícios, no mesmo período liberados a outras unidades da federação, carece muito do pouco ainda prometido, especialmente para o hub da TAM e a continuidade de obras estruturantes, e de melhoria no atendimento de serviços essenciais, a partir da Saúde. Desde o ano passado, o Governo cearense mendiga recursos para sequenciar o seu projeto de suprir deficiências neste setor e a esmola não chega. O Hospital de Quixeramobim, e outros equipamentos, devidamente instalados e inaugurados, não podem funcionar pela falta dos recursos complementares que deveriam sair do erário federal.

Acrescente-se, ainda, o sepultamento, pelas mesmas razões (falta de dinheiro para a manutenção), da edificação do Hospital Regional, em Maracanaú, apontado como a solução para a cobertura dos serviços emergenciais reclamados pela população da Região Metropolitana de Fortaleza. Esta obra seria fruto de uma Parceria Público-Privada há anos contratada. O Cinturão das Águas, outro importantíssimo empreendimento para melhorar a vida de milhões de cearenses, também sofrerá solução de continuidade. Desde o ano passado, praticamente só existem recursos para evitar o desmoronamento da obra. O Governo Federal não cumpre a sua parte do contrato.

O previsível Governo Temer, por absoluta penúria, terá de cortar, nos primeiros meses após sua posse, toda e qualquer liberação de recursos, exceção apenas para as transferências constitucionais em que se incluem o Fundo de Participação dos Estados e dos Municípios e outros. E ninguém vai poder acusá-lo de discriminação.

Diário do Nordeste

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