Camilo na AL: 'Se a pessoa for baleada hoje e morrer daqui a um mês de infecção hospitalar, nós computamos como homicídio'
Cerca de
quatro mil pessoas que praticaram crimes em Fortaleza no ano passado deixaram
de ir para a cadeia graças às audiências de custódia implementadas pelo governo
estadual em parceria com a Justiça. Quem
disse isso, em tom de comemoração, foi o governador do estado, Camilo Santana
(PT), ao discursar nesta terça-feira (2), na Assembleia Legislativa.
Para Camilo,
com a medida, os autores dos delitos deixaram de engrossar a massa carcerária
do Ceará e, assim “contribuíram” para não agravar a situação de superlotação
das cadeias públicas, presídios, penitenciárias e outras unidades do Sistema
Penal.
O governador
foi mais além ao falar sobre Segurança Pública e disse que o “Ceará é o estado “é um dos poucos mais
transparentes do País na divulgação dos índices de assassinatos”. Segundo ele,
até mesmo o caso de alguém que foi baleado e hospitalizado sofrer uma infecção
hospitalar e falecer, o Ceará vai contar este caso como um homicídio. Disse isto, citando o nome a um dos seus mais atuantes opositores, o deputado estadual Heitor Férrer, que ali
estava acompanhando seu longo discurso.
“Lá em São
Paulo, se houver uma chacina e morrerem oito (pessoas), eles só contabilizam
um. Agora, aqui, se morrerem oito, são oito. Aliás, se a pessoa for baleada
hoje e morrer daqui a um mês, vocês que são médicos, deputado Heitor, sabe que
a pessoa pode morrer de infecção hospitalar, mas nós computamos como sendo um homicídio no Ceará”.
Ceará News 7