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Ferroviário estreia na 2º divisão do cearense com derrota


Quem está desacostumado com a presença de famílias em estádios pode ter estranhado o público que compareceu ao Gigantinho do Benfica, ontem. Pais, filhos e casais saíram de casa no domingo para se divertir com o esporte preferido do brasileiro e apoiarem o clube do coração - ou apenas para ver futebol.

O clima, do início ao fim da partida válida pela Segunda Divisão do Estadual, também era diferente, dentro e fora do Presidente Vargas. A segurança e a tranquilidade permitiram que as famílias se divertissem, brincassem e rissem sem nenhuma preocupação senão o evento.

Em campo, o duelo podia não ser o melhor entretenimento. Sem craques e o status de décadas atrás, o Ferroviário enfrentava o Tiradentes. O estado desgastado do gramado também não colaborava com o espetáculo.

Mas mesmo com as adversidades, mais de 1.300 fanáticos compareceram, se envolveram, gritaram, reclamaram dos jogadores e dos árbitros, e alguns comemoraram. Melhor para os torcedores que vestiam o manto azul-grená. No encontro entre equipes, acostumadas com a Primeira Divisão, o Tigre da Polícia Militar saiu com a vitória por 2 a 0, aumentando o sofrimento do torcedor coral, que não conhecia o gosto amargo de não estar na elite do futebol cearense. Mas isso foi apenas mais um detalhe.

Crianças

Entre as pessoas de todas as idades, o número de crianças presentes chamava atenção. Curiosos com a dinâmica de um jogo de futebol e vestidos a caráter, os pequenos mostravam identificação com as cores que aprenderam a gostar graças aos familiares. "Sou Ferroviário e gosto de vir (ao estádio)", disse a pequena Carla Vitória, 9, quando a pergunta era feita ao seu pai, o motorista Carlos Alberto, 56.

Segundo Carlos, esse é um costume que ele mantém desde o primeiro filho, deixando aos herdeiros, com exceção de um, a mesma paixão pelo Ferroviário. Carla é a quinta filha do torcedor e Maria Clara, 7, que também estava presente, a sexta.

Acompanhada de um tubarão (mascote do Ferroviário) de pelúcia, Raíssa, filha da decoradora Renata Iannini, também não parou quieta enquanto a mãe concedia entrevista: "Eu adoro", adiantou a menina.

Renata levou Raíssa ao estádio pela primeira vez quando ela ainda estava e sua barriga. Como seguiu os passos do pai e a família toda é apaixonada por futebol - e pelo time coral -, a decoradora acredita que a filha será igual a ela: sempre irá acompanhar o clube do coração, independentemente da divisão e da grandeza do jogo.

Laços

A relação com os jogadores e com os integrantes da comissão técnica dos clubes também levou as pessoas ao PV. Foi o caso da treinadora de handebol Mary Ruth, 53, que foi acompanhar o marido, o técnico do Tiradentes, Danilo Augusto. Ela conta que, por causa da profissão do esposo, está sempre mudando sua torcida, mas não deixa de acompanhá-lo e aquela era uma boa oportunidade.

Já a família do jogador Alisson Silva, lateral-esquerdo do Tiradentes, fez questão de ir em peso acompanhar a primeira partida profissional em que o jovem foi relacionado. Segundo a prima, a assistente de vendas Brena Kelly, era a "realização de um sonho". Marcelo Filho, por sua vez, foi acompanhar o padrinho, o meia Valdeci, do Ferroviário. Apesar de torcer pelo Fortaleza, o rapaz se envolveu com o Ferrão devido ao laço com o jogador de futebol e, hoje, se diz torcedor também do time da Barra. (colaborou Messias Borges)

Tubarão da Barra estreia na competição sob vaias

Vinte anos depois do bicampeonato na Primeira Divisão do Cearense, o Ferroviário estreou, ontem, na Segundona com derrota. Também tradicional no futebol estadual, o Tiradentes foi mais valente, dominou a partida e saiu do PV com a vitória pelo placar de 2 a 0.

Irreconhecível, inclusive no uniforme (todo dourado, com as tradicionais listras vermelha e preta), o Tubarão da Barra não agradou ao seu torcedor, que o vaiou no final da partida e pediu a contratação de novos atletas.

Gol no início

O Tigre da PM mostrou as cartas desde o início da partida, e chegou ao primeiro gol logo aos 15 minutos. Depois de boa troca de passes no meio campo, a bola sobrou na área, e Rafael chutou no canto, sem chances para o goleiro do Ferroviário.

Apesar da desvantagem no placar, o time da Vila Elzir Cabral não cresceu de produção e também não levou muito perigo ao gol do adversário. Em uma das poucas oportunidades, já na segunda etapa, o meia Valdeci, uma das esperanças corais para conseguir o acesso, ficou na cara do goleiro adversário, mas o zagueiro do Tiradentes foi mais rápido e travou a bola.

Após jogada da equipe azul-grená pela esquerda, o juiz marcou pênalti. Na cobrança, o meia Manoelzinho deslocou o goleiro e anotou o segundo gol.

A penalidade para o Tiradentes fez com que o torcedor do Ferrão, maioria no estádio, pressionasse o árbitro. No fim da partida, após cruzamento da esquerda, um jogador do Tubarão caiu na área, e o juiz optou por não marcar a falta, o que aumentou a indignação da torcida coral.


Na próxima rodada da Segunda Divisão, o Ferroviário irá enfrentar o Crato, fora de casa, na próxima quarta-feira (4). Enquanto o Tiradentes voltará a campo somente no dia 17 de março, contra o América, também no Presidente Vargas.

Diário do Nordeste
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