Foi aprovado,
no Plenário da Câmara dos Deputados, por 280 votos a 102 e 4 abstenções, o
requerimento do DEM de convocação do ministro da Educação, Cid Gomes, para
esclarecer declarações que deu em visita à Universidade Federal do Pará, na
última sexta-feira (27), sobre a Câmara. O Ministro é obrigado a cumprir a convocação
sob pena de crime de responsabilidade.
Segundo
informações divulgadas pela imprensa, o ministro afirmou que “tem lá uns 400
deputados, 300 deputados que, quanto pior, melhor para eles. Eles querem é que
o governo esteja frágil porque é a forma de eles achacarem mais, tomarem mais,
tirarem mais, aprovarem as emendas impositivas (…)”, disse Cid Gomes,
esclarecendo que emitia opiniões pessoais e não
como o ministro da Educação.
Para o líder
do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), o ministro tem de vir ao Congresso para
apontar quem seriam os “achacadores” a que se referiu. Caso contrário, ofende
todos os parlamentares. “Ele tem de dizer ao Brasil quem achacou, de que forma
isso aconteceu e em que circunstâncias”, disse.
José Guimarães
(PT-CE), líder do governo, reconheceu que se tratava de “declaração infeliz’.
Preocupado com as repercussões, tentou transformar a convocação, em convite,
mas teve a proposta rejeitada. Derrotado, o petista disse que as frases de Cid
não refletem o pensamento do governo.
Defensor do
afastamento de Cid do governo desde que a Refinaria Premium II foi cancelada
pela Petrobras, Danilo Forte (PMDB-CE) divulgou ontem nota pedindo a saída de
Cid.
Roberto Moreira
Diário do Nordeste
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